quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Transporte Fluvial: O preço da passagem aumentou... e o transtorno também



Dois barcos ancorados, mas apenas um faz a viagem por dia

A reportagem foi produzida pelo jornalista Weliton Lima, da TV Tapajoara (SBT). Segundo dados levantados pelo jornalista, dois dias depois da autorização dada pela Arcon para o aumento do preço da passagem de barco de Itaituba para Santarém, os passageiros continuam reclamando, e agora com mais ênfase, da qualidade do serviço oferecido pelas embarcações. O desconforto para os passageiros começa pelo acesso aos barcos. Pessoas idosas e doentes são obrigados a descer por uma longa rampa improvisada, sem as mínimas condições de segurança. Uma senhora que, há mais de dezessete anos, não vinha a Itaituba, diz que a falta de respeito com os passageiros continua como antes e que nada mudou. “E, se mudou, foi pra pior. Há quase vinte anos que eu não vinha aqui. Achei que já tinha evoluído. Mas olha aí a esculhambação”, protesta.
Desconforto e risco na hora do embarque
Os passageiros também reclamam da falta de conforto durante a viagem. As redes ficam amontoadas no convés. Dormir com tranqüilidade é sonho inalcançável para quem viaja nesses barcos. A não ser que o passageiro se atreva a pagar R$ 200 ou mais pelo conforto de um camarote, que já não é tão confortável assim. “O calor é insuportável. Esses ventiladorzinhos aí não resolvem nada”, diz um passageiro que preferiu viajar de camarote, já que estava com a família.
Acidentado teve que viajar sem acompanhante
Lotação – A capacidade de lotação de alguns barcos também acaba prejudicando muita gente que quer viajar. O barco que estava de partida no porto, por exemplo, tem capacidade para 85 passageiros e muitas pessoas foram retiradas depois que o fiscal da Arcon constatou super lotação. Essa situação aumentou o desconforto e gerou protesto. Um homem que foi embarcar o irmão acidentado para Santarém foi informado de que a cunhada dele foi impedida de embarcar para acompanhar o marido, que não tem mobilidade por conta de uma fratura na perna. “Isso aqui não é mais colônia. Já evoluímos, mas tem segmentos que não acompanham essa evolução. Isso aqui é coisa da idade da pedra”, protesta.
Fiscal lamenta situação, mas afirma ter limite de funções
O fiscal da Arcon acompanha toda a movimentação, mas, não autorizado a gravar entrevista, ele diz que a sua responsabilidade é garantir a segurança dos passageiros.

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