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Dois barcos ancorados, mas apenas um faz a viagem por dia |
A
reportagem foi produzida pelo jornalista Weliton Lima, da TV Tapajoara (SBT). Segundo
dados levantados pelo jornalista, dois dias depois da autorização dada pela
Arcon para o aumento do preço da passagem de barco de Itaituba para Santarém,
os passageiros continuam reclamando, e agora com mais ênfase, da qualidade do
serviço oferecido pelas embarcações. O desconforto para os passageiros começa
pelo acesso aos barcos. Pessoas idosas e doentes são obrigados a descer por uma
longa rampa improvisada, sem as mínimas condições de segurança. Uma senhora
que, há mais de dezessete anos, não vinha a Itaituba, diz que a falta de respeito
com os passageiros continua como antes e que nada mudou. “E, se mudou, foi pra
pior. Há quase vinte anos que eu não vinha aqui. Achei que já tinha evoluído. Mas
olha aí a esculhambação”, protesta.
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Desconforto e risco na hora do embarque |
Os
passageiros também reclamam da falta de conforto durante a viagem. As redes
ficam amontoadas no convés. Dormir com tranqüilidade é sonho inalcançável para
quem viaja nesses barcos. A não ser que o passageiro se atreva a pagar R$ 200
ou mais pelo conforto de um camarote, que já não é tão confortável assim. “O
calor é insuportável. Esses ventiladorzinhos aí não resolvem nada”, diz um
passageiro que preferiu viajar de camarote, já que estava com a família.
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Acidentado teve que viajar sem acompanhante |
Lotação
– A capacidade de lotação de alguns barcos também acaba prejudicando muita
gente que quer viajar. O barco que estava de partida no porto, por exemplo, tem
capacidade para 85 passageiros e muitas pessoas foram retiradas depois que o
fiscal da Arcon constatou super lotação. Essa situação aumentou o desconforto e
gerou protesto. Um homem que foi embarcar o irmão acidentado para Santarém foi
informado de que a cunhada dele foi impedida de embarcar para acompanhar o
marido, que não tem mobilidade por conta de uma fratura na perna. “Isso aqui
não é mais colônia. Já evoluímos, mas tem segmentos que não acompanham essa
evolução. Isso aqui é coisa da idade da pedra”, protesta.
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Fiscal lamenta situação, mas afirma ter limite de funções |
O
fiscal da Arcon acompanha toda a movimentação, mas, não autorizado a gravar
entrevista, ele diz que a sua responsabilidade é garantir a segurança dos
passageiros.
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