sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Raízes Culturais: Santarenzinho abriga valoroso sítio arqueológico

Exemplo de fragmento da cerâmica tapajônica (Ilustrativa)
Encontrado sítio arqueológico na comunidade ribeirinha de Santarenzinho, em Itaituba, Oeste do Estado. O achado pode representar um importante pedaço da história das nações indígenas da região.
A comunidade de Santarenzinho está localizada na margem direita do rio Tapajós, a cerca de duas horas, de barco, de Itaituba. Na pequena comunidade ribeirinha, praticamente todo mundo é parente e forma uma população de quinhentos habitantes. Foi neste pequeno lugarejo que a professora Martineles Galvão encontrou o que aparenta ser um importante fragmento da pré-história da região do Tapajós. Pedaços de cerâmica primitiva e artefatos de origem indígena chamaram a atenção da professora, que decidiu recolher o material e formar um acervo, que foi crescendo à medida em que ela encontrava novas peças. O sítio arqueológico, na verdade, foi visitado pela primeira vez no final da década de 1970, por um grupo de pesquisadores, que chegaram a catalogar trinta e três áreas dom vestígios de civilizações antigas. O de Santarenzinho não chegou a ser explorado e só agora começa a ser estudado.
A professora também encontrou peças inteiras e acredita que o material possa ter uma forte relação com a cerâmica tapajoara, da época em que a região do rio Tapajós era habitada por índios de várias nações, com uma população maior da etnia mundurukú. Segundo estudo prévio realizado pela professora, todas as peças têm semelhança entre si e aparentam ser de um só aldeamento. Ela quer montar um pequeno museu na própria comunidade, para valorizar o local e garantir a preservação. Para isso, alguns pesquisadores ligados à Universidade Federal do Oeste do Pará foram convidados para visitarem o local. A professora também diz que todo o material recolhido será enviado para estudos através de um processo que utiliza o carbono 14 para identificar a origem e a idade das peças.

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