Flagrante do depoimento de Adriana (ehmarinho/Blog) |
O
delegado Ariosnaldo da Silva Vital Filho, titular da Delegacia da Polícia Civil
em Rurópolis, sudoeste do Pará, dará continuidade, nesta semana, às
investigações sobre o assassinato do mecânico Edson Faller Watermann, 32 anos,
que era conhecido como "Pitoco". O crime ocorreu, por volta de 7h do
dia 1º de janeiro, em via pública, na zona urbana da cidade. O suspeito de ser
o autor do crime foi identificado como Romário dos Santos.
A
vítima foi morta com duas facadas no lado direito das costas. A namorada da
vítima, Adriana Campelo Lopes, que foi colocada como suspeita de envolvimento
no crime por ter ido embora do município logo após o homicídio, compareceu à
Delegacia, na última sexta-feira (4), para prestar depoimento.
Adriana assegura não ter tido nenhum relacionamento com Romário |
Ao
delegado, Adriana garantiu ser inocente de envolvimento no crime e apontou
Romário como suposto autor do homicídio. Ela contou ter ido embora da cidade,
logo após a morte de Edson, porque ficou
assustada com a repercussão do crime e devido às falsas acusações de algumas
pessoas que a colocaram como a responsável pela morte do companheiro. "Ela
relata que, após ver sua foto em sites na internet e conversar com familiares,
resolveu voltar à cidade e se apresentar à Polícia, colocando-se à disposição
da justiça", afirmou o delegado.
Segundo
o policial civil, Adriana relatou ainda ter convivido em união estável com a
vítima, de quem estava separada havia trinta dias. Ela mora atualmente no
município de Santarém. "Pitoco" teria lhe telefonado, perto do final
de ano, onvidando-a para passar o natal ao seu lado, em Rurópolis. Adriana
disse que na noite de natal ele ficou embriagado e, durante uma discussão, lhe
agrediu fisicamente, o que a fez afastar-se dele companheiro novamente.
Já
na noite da virada do ano, Adriana relatou que estava numa festa, em Rurópolis,
realizada em uma sorveteria, ao lado de algumas colegas, quando ali chegou
Edson que passou a mandar acenos e lhe jogar beijos. "Ele ofereceu a ela
um copo de cerveja e a chamou até o
balcão da sorveteria para uma conversa. Ali, ele disse que estava muito
arrependido pela agressão física que cometera no dia de natal e que queria
reatar o relacionamento, mas Adriana recusou-se, pois ainda estava com medo
dele", comentou o delegado, segundo o depoimento prestado por Adriana.
Ela
afirmou que Edson já apresentava fortes sinais de embriaguez e que ainda chegou
a tirá-lo do local. Enquanto caminhavam em direção a uma praça, os dois
encontraram o suspeito do crime, de prenome Romário, que, segundo ela,
estendeu-lhe a mão para lhe desejar feliz ano novo.
O
fato foi o suficiente para que Edson, a vítima, desferisse um soco no rosto de
Romário. Os dois tiveram uma luta corporal na rua até serem separados por
outras pessoas. Cada um foi levado para um local diferente. A vítima continuou
a beber até resolver ir para casa. Adriana conta que tomou conhecimento de que
Edson havia pego depois carona com um amigo dele e que no caminho para casa
teria sido esfaqueado por Romário.
A
vítima foi ainda socorrido e levada ao hospital municipal, onde morreu. Adriana
conta que foi até o hospital, onde soube do falecimento de Edson. Adriana
afirma não ter visto o momento do crime, mas que apenas tomou conhecimento por
meio de outras pessoas, que Romário seria o autor do crime.
"Ela
afirmou que jamais manteve qualquer relacionamento com Romário e que o conhece
só de vista nem sabe informar onde ele está", asseverou o delegado.
Ariosnaldo da Silva Vital Filho afirmou que as investigações continuam sobre o
caso. "Nesta semana, serão ouvidas mais pessoas, contudo a autoria do
crime já é certa, salvo o surgimento de fatos novos. O inquérito policial deve
ser encerrado dentro do prazo legal e apresentado à Justiça local para
apreciação e julgamento", ressalta.
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