quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Projeto energético provoca revolta

Lideranças se posicionaram contrárias ao projeto

Em Jacareacanga, índios da etnia Mundurukú em clima de revolta. As aldeias se manifestaram contra um projeto da Eletrobrás/Eletronorte, que prevê a construção de uma usina hidrelétrica no rio teles pires.

A pintura de guerra se manteve escondida por trás da tinta que simboliza a expectativa por uma cerimônia. Arcos e flechas nas mãos dos guerreiros, mostrando um clima de insatisfação. Horas antes da audiência pública coordenada e presidida pelo Ibama, uma reunião entre os índios Mundurukú e o representante da Funai, serviu para mostrar o posicionamento tomado pelas aldeias. Mesmo com os caciques se pronunciando na língua nativa, não era preciso tradução para se ter uma idéia da opinião das lideranças.

O líder indígena Jairo Kõrap, da Associação Extrativista Rio Kabitutu, não só se pronunciou contrário ao projeto, mas também traduziu as declarações contrárias das demais lideranças, a exemplo do capitão da aldeia Teles Pires, João Karikafõ. Atento às declarações dos índios, um representante da Funai permaneceu quieto, atento às declarações dos índios. Quando foi chamado a se pronunciar, explicou que estava ali apenas como expectador, pra acompanhar os questionamentos que seriam apresentados pelas comunidades da área afetada pelo projeto.

Frederico Menezes, representante da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), do Ministério das Minas e Energia, insistiu em que o projeto ocuparia uma pequena parte, pouco mais de 2%, do território de Jacareacanga. Por outrolado, a compensação financeira anual, de R$ 2,4 milhões, que será paga ao município, é superior ao que será pago, por exemplo, ao município de Paranaita, no Matogrosso, que terá uma porção bem maior do seu território, afetada pelo projeto.

A audiência pública iniciou com atraso de mais de cinqüenta minutos e durou quase cinco horas. No evento, foi cedido espaço para todos. Brancos e índios tiveram a oportunidade de se manifestar sobre o projeto, que prevê a construção da usina hidrelétrica na divisa do Pará com o Matogrosso. Entre os indígenas, só este vereador se mostrou parcialmente favorável, mas com algumas condições. Ele defende que o governo poderia ter se antecipado a uma série de problemas enfrentados pelos índios e criado programas de assistência mais eficientes. Os outros índios comandaram as manifestações de revolta, completamente contrários ao projeto. Novamente, a língua nativa tomou espaço, desta vez com tradução. Até mesmo o cacique geral da etnia Mundurukú, Biboi Kaba Mundurukú, foi convidado a se manifestar. Ele convocou seus líderes a acompanhar a sua opinião, naturalmente contrária ao projeto.

Nem mesmo a apresentação detalhada do projeto conseguiu convencer os indígenas. De acordo com a proposta, a usina hidrelétrica será construída dentro de um espaço de 300 metros sobre o rio Teles Pires, alcançando uma área alagada de 152 mil metros quadrados, por uma extensão de 63 quilômetros, com a maioria dentro do estado do Matogrosso, nos municípios de Paranaita e Alta Floresta, onde já foram realizadas audiências públicas. Mas mesmo a linguagem mais simples não surtiu maiores efeitos entre os índios. O prefeito da cidade, Raulien de Oliveira Queiroz, que é servidor licenciado da Funai, foi um dos últimos a tomar a palavra. Ele disse que até concorda com o projeto, mas sugeriu que o governo crie mecanismos que possam permitir a criação de um consórcio, envolvendo os municípios da área de influência da hidrelétrica. “Concordamos, sim, com o projeto. Mas sabemos que haverá impactos, não só ambientais, mas também econômicos e sociais. Impactos positivos e negativos. Por conta disso, sugerimos que seja criado um grupo de trabalho que possa estabelecer um tipo de consórcio, para que todos os municípios que tenham seus territórios afetados, máxima ou minimamente, sejam beneficiados”, resumiu Raulien Queiroz.

sábado, 20 de novembro de 2010

Irmãos no Crime

Josemberg (D) e Ruitemberg, também suspeitos de assaltos

Uma guarnição da Polícia Militar, chefiada pelos sargentos J. Araújo e Silvestre, do 15º BPM, de Itaituba, prendeu, na madrugada de hoje (20), os irmãos Josemberg Gomes de Oliveira, 18, e Ruitemberg Menezes de Oliveira, 25. Ambos são suspeitos de terem furtado uma moto Yamaha YBR de cor preta com placa adulterada. Diante da equipe do Diário, os policiais mostraram a forma simples com que foi feita a adulteração. A placa original do veículo é NSI-4903, mas, com o auxílio de pedaços de fita isolante preta, a letra “I” foi transformada em um “L”, e o numeral “9” foi transformado em um “8”, ficando assim a placa da moto: NSL-4803. Com esse indício, os policiais detiveram, primeiramente o irmão mais velho, Ruitemberg, para, em seguida, chegar até Josemberg. Outro detalhe importante é que, ao verificar no Sistema Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores), o sargento descobriu que a placa “transformada” coincidiria com a de um veículo Celta, de Belém.

“Nós fomos atender a uma solicitação via 190, quando deparamos com o primeiro rapaz, que estava com a moto. Ele conseguiu evadir-se e esconder a moto, mas, em diligência, conseguimos localiza-lo. Logo depois, nós descobrimos onde o veículo estava. O irmão dele, Josemberg, estava guardando a moto. Isso caracteriza parceria dos dois, o que nos levou a fazer a prisão da dupla”, resumiu o sargento J. Araújo.

Ruitemberg e Josemberg são de uma família de quatro irmãos, dos quais somente um está em liberdade. O mais velho deles, Gutemberg de Oliveira, fui julgado e condenado a 17 anos de reclusão por envolvimento em crime de assassinato e está no Centro de Recuperação de Itaituba (RCI).

Direção perigosa – A guarnição dos sargentos Silvestre e J. Araújo também conseguiu abordar e deter um sujeito, de quem não foi revelado o nome, por prática de direção perigosa e suspeita de furto e adulteração de veículo. Com ele, foi encontrada uma moto Honda Titan 150 de cor vermelha, que aparenta ter tido a ignição arrombada. O suspeito foi detido e conduzido ao plantão da Seccional de Polícia para averiguação. “Além dos indícios de furto e adulteração do veículo, o rapaz em questão também estava colocando em risco a vida dos transeuntes no meio da madrugada, correndo em alta velocidade, empinando a moto e fazendo outras ‘presepadas’”, disse o sargento.

Violência sexal contra a própria mãe

Garimpeiro 'possuído' assumiu o crime e se diz arrependido

Creuza Ferreira de Sousa, 61, mora na Comunidade do Degredo, distante cerca de 25 quilômetros de Itaituba, juntamente com o marido, Juarez Soares, e outro filho, Arnoldo Ferreira Soares, 43. Ela contou que, na terça-feira 16, Claudenor Ferreira Soares, o acusado, chegou do garimpo onde trabalhava há pouco mais de sete meses e foi passar uns dias na companhia da mãe.A aposentada ficou muito contente com o retorno de seu filho, há algum tempo fora de casa. Mas, na ocasião em que o marido dela precisou ir até Itaituba e o filho Arnoldo estava trabalhando na roça, Claudenor passou a ingerir bebida alcoólicas. Ela contou que chegou a repreender o filho por estar bebendo tanto.

Enquanto preparava o jantar a aposentada foi surpreendida por Claudenor, que entrou na cozinha e passou a sufocar a mãe, dizendo que iria matá-la enforcada. Ela lembra que não teve como reagir, dado ao porte físico avantajado do filho. “Ele estava muito embriagado e violento, e rasgou toda minha roupa”.

Claudenor ainda teria apanhado uma corda para enforcar a mãe. Além de espancá-la violentamente, deixando vários hematomas pelo rosto, e três costelas fraturadas, o filho agia sem que alguém pudesse impedir o ato. Aos gritos, tentando se desvencilhar do filho, a mulher chegou a desmaiar. Em seguida Claudenor forçou a mãe à prática de sexo oral. Depois teria concretizado a ação com outros abusos sexuais. “Eu pedi, chorando, que ele não fizesse aquilo, porque eu sou mãe dele. O que ele me disse foi ‘quem está aqui não é o Claudenor, é o demônio’. Eu fiquei com muito medo”.

Fim do drama - Os momentos de medo e tensão da vítima só chegaram ao fim quando ela ouviu o ruído de um veículo se aproximando pela estrada e correu na direção do carro pedindo carona até a cidade, onde chegou por volta das 19h e procurou seus familiares para relatar o ocorrido e pedir providências na unidade policial. Uma guarnição da Polícia Militar se deslocou até a comunidade do Degredo, onde localizou o acusado. Claudenor Ferreira Soares não esboçou reação e foi conduzido para a Seccional de Polícia, onde foi autuado em flagrante pelos crimes de lesão corporal grave e estupro, além de outros agravantes.

Detalhe: A Delegacia Especializada de Apoio à Mulher (Deam) teve uma delegada titular até bem poucos dias atrás. Segundo a delegada, ela teria que se deslocar a Belém, primeiramente para exercer seu direito ao voto; depois, por ainda não ter sido definida sua situação quanto a permanecer ou não a Itaituba. Até agora, nenhuma resposta. Em vista dos bárbaros crimes cometidos contra a mulher no município e região, o único escrivão lotado na Deam já solicitou apoio dos organismos de defesa social. Repito: até agora, nenhuma resposta.

sábado, 13 de novembro de 2010

Amar um jornalista é...:

Essa me veio, por acaso, de uma colega jornalista. Achei interessante e decidi postar...

Amar um jornalista é...:

...Não se importar em passar o Natal sem ele, o carnaval sem ele, o aniversário sem ele.

Ficar acordada até as cinco esperando ele chegar do pescoção.

Empurrar o carro velho dele que sempre quebra de madrugada.

Suportar os amigos dele que não param de falar de jornalismo na mesa do bar.

Tolerar as reclamações de salário ruim, pauta ruim, editor ruim.

Acompanhá-lo em trabalhos free lance no sábado à noite ou domingo bem cedo.

Ler as matérias horríveis dele e dizer que ficaram ótimas.

Passar o feriadão em Paranapiacaba, uma charmosa “vila inglesa”, enquanto suas amigas casadas com homens do mercado financeiro vão passar o feriadão em Londres.

Achar graça quando ele interrompe a transa para atender o pauteiro no celular.

Ouvir as histórias fantásticas da carreira dele quando vocês dois ficarem velhinhos sem dizer “querido, você já contou isso um milhão de vezes”.

Conclusão: Irmãos jornalistas, se formos nos basear por isso aí, estaremos fadados a morrer solteiraços!!!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Aveiro: Estiagem expõe moradores ao risco de doenças

Famílias são expostas ao risco de doenças por conta da água contaminada

Com 40 comunidades isoladas por conta da estiagem do rio Tapajós e dos pequenos afluentes, o município de Aveiro, no Oeste Paraense, vive um verdadeiro drama. Já com a decretação de estado de calamidade pública aprovada pela Câmara, a Prefeitura agora procura se desdobrar na busca por apoio às centenas de famílias, que estão, inclusive, com sua saúde em risco.

A maioria das comunidades já sofre com o desabastecimento. Com a escassez da pesca, não há alimentos e também falta água potável. O leito dos pequenos rios, lagos e igarapés se transformaram em extensos lamaçais. Muitos moradores precisam se deslocar por quilômetros em meio à lama e peixes mortos para buscar água, mesmo sem qualidade.

Os barcos que fazem o transporte escolar não chegam nem perto das comunidades, e os alunos precisam caminhar por horas e até quatro quilômetros para chegarem às escolas, que também enfrentam problemas com a falta de merenda escolar.

O drama já foi comunicado ao Estado e as famílias aguardam por notícias sobre possível ajuda, para sobreviver ao período. Agentes de saúde da Secretaria do governo municipal estão fazendo trabalhos preventivos para evitar o avanço de doenças provocadas por água contaminada ou bactérias veiculadas por conta da imensa quantidade de peixes mortos às proximidades das residências.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Voto... mesmo com muita dificuldade

Bárbara precisou levar o pequenino até o local de votação
Domingo, 31 de Outubro, data do segundo turno das eleições, 03 horas da tarde. Com o sol castigando a cidade, Jacilma Melo chega ao seu local de votação. A jovem de 31 anos teve poliomielite, doença já erradicada no Brasil, também conhecida como paralisia infantil. Pelo menos aqui, no prédio de uma faculdade, o acesso é mais facilitado. Rampas de acesso e corredores largos abrem caminho para a urna, onde Jacilma deposita seu voto, um direito de que ela não abre mão, mesmo com as limitações impostas pela sua condição física.

Escola Presidente Castelo Branco, praticamente no mesmo horário, o aposentado José Ribamar vai auxiliado pela filha. Com mais de sessenta anos, seu Zequinha, que foi vítima de um AVC, acidente vascular cerebral, também não abre mão do direito ao voto, mas lamenta que precise enfrentar tanta dificuldade para contribuir com o processo eleitoral.

Nas mesmas condições, mas com histórias diferentes, estão Euzir Ferreira Alexandre e Bárbara Ferreira. Ele foi vítima de um erro de ambulatório e teve uma das pernas atrofiada depois de uma injeção mal aplicada. Ela é mãe e, sem ter quem cuide do bebê, precisa trazer o pequenino quando vem votar. São dois lances de escadas para chegar até a seção.

Mas, se serve como consolo, a falta de acessibilidade não é uma exclusividade de Itaituba; é praticamente um problema nacional. São poucos os locais adaptados para receber a presença de pessoas com dificuldades de locomoção. Por outro lado, para esses brasileiros, dificuldades à parte, o direito ao voto é essencial, apesar da falta de bom senso de quem planejou os locais e talvez não tenha dado atenção a esse pequeno detalhe.

domingo, 31 de outubro de 2010

Patinho Feio... mesmo!!!

Ao paginar as enxurradas literárias de Tony Bellotto na Veja desta semana, deparei-me com uma história particularmente interessante, do ponto de vista do inusitado. Em uma churrascaria, em Porto Alegre (RS), um gaúcho que entrou no banheiro, viu Tony lavando as mãos e tascou: ‘mas ba, tchê, tu és mais bonito na televisão do que ao vivo’...

Bem, isso me arremeteu a 2003, quando estava em Santarém, na TV Tapajós (Globo) e tive que cobrir um caso que envolvia a morte de um homem, não lembro exatamente por quê, como, enfim... Lembro-me bem de ter entrado no velório, onde estavam algumas senhoras de mais idade perfeitamente enfileiradas em um banco de madeira.

Entre elas, os sussurros mais avantajados permitiram-me ouvir:

- Esse aí que é o Mauro Torres?

- É, sim... trabalha na televisão.

- Mas ele é tão baixinho. A gente vê ele grandão...

Fiquei entre envergonhado e até feliz por aquelas senhoras não terem dito que eu era mais bonito na televisão do que ao vivo ou vice-versa, porque, na verdade, não me acho bonito... E isso é fato!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mais 210 mil hectares de floresta concedidos pelo SFB

Antônio Carlos Hummel - Diretor do SFB
O lançamento do edital foi anunciado pelo diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, nesta quarta-feira, 27. O SFB abriu concorrência para concessão para a produção sustentável de madeira em 210 mil hectares na Floresta Nacional do Amana, no sudoeste do Pará. A área é 1,4 vezes maior que o município de São Paulo. O lote da concessão está situado em uma das principais zonas de produção madeireira na Amazônia, a região de influência da BR-163, onde um conjunto de esforços do governo busca estimular uma economia florestal que proporcione renda e mantenha a floresta em pé.

A concorrência é aberta a empresas constituídas pelas leis brasileiras com sede no país e terá incentivos à participação de pequenas empresas, associações e cooperativas. Para aumentar a viabilidade do empreendimento, todos os vencedores terão descontos nos pagamentos dos primeiros anos da atividade, quando os custos do empreendimento são mais altos.
Durante os 40 anos de contrato, o potencial madeireiro chega a 6 milhões de metros cúbicos e, os recursos repassados ao governo, a cerca de R$ 270 milhões.

Para ganhar o direito de manejar a floresta, os candidados precisarão investir na geração de empregos e nas melhores técnicas de produção sustentável na área. Nas licitações para concessão, os critérios técnicos representam 60% dos pontos que podem ser obtidos. O preço pela madeira responde pelos 40% restantes.
O item que individualmente pode gerar a maior pontuação é a agregação de valor do produto – transformação da tora em madeira serrada, por exemplo – nos municípios que abrigam a Flona, o que estimula a abertura de postos de trabalho locais e o aumento da arrecadação municipal.

Na concessão da Flona do Amana, a movimentação da economia local assume uma importância ainda maior, pois os dois municípios onde está situada a área em concessão – Itaituba e Jacareacanga – possuem baixos indicadores sociais. Jacareacanga tem o menor PIB per capita entre os 5.564 municípios brasileiros, segundo o IBGE.
O edital para Amana é o primeiro de uma série de concessões que serão realizadas na região da BR-163 e somarão mais de 800 mil hectares disponíveis para o setor madeireiro atuar de forma legal e sustentável no oeste do Pará. Até o final deste ano, a soma de todas as áreas em diferentes processos de concessão no país deve ultrapassar 1 milhão de hectares.

Os 210 mil hectares serão divididos em cinco áreas de tamanhos distintos. Isso permite que empresas de pequeno, médio e grande porte tenham oportunidade de concorrer. As Unidades de Manejo Florestal (UMFs) têm:

Unidade I – 30.799 hectares;
Unidade II – 19.028 hectares;
Unidade III – 29.206 hectares;
Unidade IV – 42.077 hectares;
Unidade V – 89.049 hectares.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Festival do Tambaqui, em São Luis


O peixe é enorme. Aliás, desde pequeno, já domina boa parte das preferências. Ele também está entre os preferidos em um bom escabeche, na calderada ou, simplesmente, minutos depois de apanhado, ali mesmo, na beira do rio, no braseiro improvisado ao relento. O tambaqui já é parte da identidade do recurso pesqueiro na Amazônia. Particularmente na região do alto Tapajós, ele se destaca nesta época do ano, em datas diferenciadas, mas sempre com aquela característica bem ribeirinha mesmo, ali na vila de São Luis do Tapajós, um pequeno paraíso emoldurado pela floresta, enriquecido com as corredeiras, que transformam a visita em uma verdadeira aventura.

É o Festival do Tambaqui, a cara de São Luis do Tapajós.

Neste ano, a programação está prevista para acontecer no dia 06 de Outubro. É quando a vila se cerca de alegria, com a visita de grande quantidade de pessoas, de Itaituba e de outras cidades, essas últimas que vêm a convite do povo local. É um programa riquíssimo pela sua particularidade, quando são oferecidas aos visitantes iguarias diversas, preparadas a partir do próprio tambaqui ou de outras espécie da fauna aquática regional. Também entram no cardápio outras alternativas, como a galinha caipira, o tacacá, o pato no tucupi e outras delícias da culinária paraense.

É ver para crer e se apaixonar! Marque na sua agenda e não deixe passar essa grande oportunidade de se encantar com as belezas do azul Tapajós e, claro, com a receptividade de uma gente que adora festa e receber visitas.

Aos 79 anos, morre o 'Delegado do Brasil'

O senador Romeu Tuma morreu nesta terça-feira (26), aos 79 anos em São Paulo. O falecimento ocorreu às 13h, em decorrência de falência múltipla de órgãos. O corpo será velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, conforme informações da assessoria do parlamentar.

O parlamentar, que havia completado 79 anos no dia 4 deste mês, deixa nove netos e quatro filhos, entre eles o ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr., o ex-deputado federal Robson Tuma (PTB) e o médico Rogério Tuma. Ele era casado com a professora Zilda.

O senador foi submetido no início deste mês a uma cirurgia cardíaca, para colocação de um dispositivo de assistência ventricular que auxilia o coração, chamado Berlin Heart, equipamento de metal utilizado em casos de insuficiência cardíaca.

Tuma estava internado desde o dia 1º de setembro no hospital Sírio-Libanês, inicialmente para um tratamento de um quadro infeccioso de afonia, a perda ou diminuição da voz. Posteriormente, a assessoria do senador informou que ela apresentou durante a sua internação insuficiências cardíaca e renal. Tuma sofria ainda de diabetes e fazia tratamento há anos para o controle da doença e apresentava um histórico de problemas cardíacos, tendo sido submetido em 1998 a uma operação para colocação de pontes de safena. Devido ao seu frágil estado de saúde Tuma abandonou sua candidatura à reeleição ao Senado.

Carreira - Romeu Tuma era descendente de sírios e se formou em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). No início de sua carreira, em 1967, foi investigador e delegado da Polícia Civil, em São Paulo. Entre 1977 e 1983, durante a ditadura militar (1964-1985), desempenhou o cargo de diretor-geral do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS), antigo DOPS, o principal centro de repressão do regime.

Quando estava no antigo DOPS, teria conquistado a simpatia de militantes de partidos de esquerda por adotar uma postura mais branda com os presos políticos. "O Tuma mandava o carcereiro me chamar para ler todos os jornais. E falava para mim: 'Você não conta para ninguém lá embaixo que você leu'", afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em depoimento na propaganda eleitoral do senador deste ano. Tuma teria ainda permitido a saída do presidente da prisão para o enterro de sua mãe, dona Lindu, em 1980.

'Xerife' - Com o fim da ditadura, em 1985, o senador tornou-se diretor-geral da Polícia Federal (PF) em São Paulo, quando ficou conhecido como "xerife". Ficou à frente do órgão até 1992, quando deixou a função para ocupar o cargo de assessor especial do então governador paulista, Luiz Antônio Fleury, do PMDB. Em 1995, após quarenta anos de atuação como policial, Tuma deu início à sua carreira política, candidatando-se a senador por São Paulo e se elegendo em 1994 com mais de 5,5 milhões de votos.

Nas eleições de 2002, quando se reelegeu ao posto, obteve 7,2 milhões votos. No PTB, sigla a que se filiou em 2007, disputou este ano mais uma reeleição, amargando um quinto lugar na disputa, com apenas 3,8 milhões de votos.

O senador se orgulhava de uma carreira política íntegra, mas nos últimos anos tanto ele como sua família foram alvos de denúncias. No final de 2009, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) ofereceu denúncia contra Romeu Tuma por ocultação de cadáveres durante o período da ditadura militar.

Em junho deste ano, foi a vez de um dos filhos do senador se envolver em outro imbróglio. Romeu Tuma Jr. foi exonerado do cargo de secretário nacional de Justiça em decorrência de uma série de denúncias publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, dando conta do seu suposto envolvimento com a máfia do contrabando de produtos falsificados. Nas gravações divulgadas pelo jornal, Tuma Júnior fazia encomenda de produtos ao chinês Paulo Li, um dos chefes da máfia e preso em 2009.

Inaugurado novo Pronto Socorro Municipal em Santarém

Prefeita Maria do Carmo presidiu inauguração
Da colega Nelma Bentes, da Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura de Santarém - Nem mesmo a forte chuva ofuscou o brilho da festa de inauguração do Pronto Socorro do Hospital Municipal de Santarém, na manhã desta segunda-feira (25). A nova estrutura tem entrada pela Avenida Marechal Rondon e conta com 42 leitos, modernas salas de observação adulta e pediátrica, ultra-sonografia, ecocardiograma e eletrocardiograma, ortopedia e traumatologia, salas para pequenas cirurgias e curativos, de reanimação, de reunião, postos de enfermagem, dois consultórios médicos, sala de serviço social, recepção com cadeiras novas e almofadadas e computadores, entre outros.

Os atendimentos no novo PSM continuarão sendo de urgência e emergência a pacientes de Santarém e cidades vizinhas. “Em média, atendíamos cerca de 12 mil pessoas por mês. Não tenho dúvidas que a partir de agora, a demanda aumentará para pelo menos 15 mil pacientes/mês”, externou José Antônio Rocha, secretário municipal de Saúde.
A prefeita Maria do Carmo explicou como surgiu a idéia da parceria para construir o novo PSM. “Nós conversamos em 2007 com o governo do Estado sobre a importância de reestruturarmos os setores de urgência e emergência do Hospital Municipal e oferecer a Santarém e região um atendimento digno e de qualidade. O governo estadual entendeu essa necessidade, fechou parceria conosco e investiu mais de R$ 5 milhões nessa obra. Então, a mim como prefeita, só resta agradecer”, complementou.

64 funcionários trabalham no PSM, mas segundo a prefeita, se houver necessidade de mais profissionais, os aprovados em concurso público serão absorvidos. “No mês de novembro, convocaremos enfermeiros e agentes administrativos na área de saúde. Se precisar, pelo menos 25 deles serão lotados aqui”, disse.

O representante do Governo do Estado, Everaldo Martins Filho, Chefe da Casa Civil, falou sobre a importância da obra em Santarém, que é a terceira maior cidade do Pará. “Não é possível e completa a atenção à saúde hospitalar se não houver um Pronto Socorro de qualidade. Apesar do governo municipal de Santarém ter se esforçado no sentido de reformar o Pronto Socorro que já existia, colocar em funcionamento Centros de Saúde 24 Horas e implantar o SAMU, por exemplo, ainda faltava mais. Faltava o 1º Pronto Socorro, que está sendo inaugurado hoje, e a grande diferença, é que funcionará amanhã. Essa é a demonstração do verdadeiro compromisso que um governo tem para com a população”, afirmou.

A Secretária de Saúde do Pará, Fernanda Duarte; o Deputado Estadual, Carlos Martins; a Vereadora Marcela Tolentino; secretários municipais e convidados, também participaram do ato de inauguração. Os atendimentos no novo espaço iniciaram hoje (26). A estrutura antiga será fechada, devendo passar por uma reforma futuramente e transformada em uma unidade administrativa dou maternidade.

Reforço para Polícia Civil de Itaituba

Delegado-Geral Raimundo Benassuly Maués
O delegado José Dias Bezerra, diretor da 19ª Seccional Urbana da Polícia Civil de Itaituba, Oeste do Estado, informou que aquela unidade policial estará recebendo nove policiais para reforçar o quadro funcional, uma vez que, atualmente, o município conta apenas com um delegado, o próprio diretor, para dar atendimento a um município que tem sua área territorial entre as maiores do Estado. Serão dois delegados, três escrivães e quatro investigadores, recém-formados no concurso da Polícia Civil do Pará, e que foram nomeados, através de decreto governamental publicado no Diário Oficial em 15 de Outubro, dia em que aconteceu a posse, que foi presidida pelo delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Raimundo Benassuly Maués.

Por outro lado, José Bezerra adiantou que a vinda dos novos policiais vai implicar na transferência de alguns dos mais antigos. “Essa foi uma decisão do delegado Jardel Guimarães, superintendente Regional da Polícia Civil, em vista de alguns policiais mais antigos já terem estabelecido certo vínculo de amizade no município, e isso pode levar ao comprometimento de sua função, uma vez que uma pessoa qualquer pode, de repente, confundir amizade com liberdade”, disse o delegado.

No total, 256 novos policiais foram nomeados, sendo 85 delegados, 91 escrivães e 116 investigadores. Por determinação da Delegacia Geral da PC do Estado, a maioria desse pessoal está designada para atuar em delegacias do interior.

Grupo Tático Operacional para Itaituba


É provável que, em bem pouco tempo, Itaituba já tenha um Grupo Tático Operacional (GTO) da Polícia Militar. O assunto ainda é mantido em água fria pelo Comando do 15º BPM, mas é bem certo que o município já precisa, aliás, há bastante tempo, desta importante ferramenta de defesa pública. O que leva a concluir essa possibilidade são os sucessivos eventos internos que têm sido realizados pelo Comando, que tem à frente o coronel PM Luis Augusto Barile e o major PM Pedro Cardoso, ambos com extensa formação, teórica e prática, em diversas ações de responsabilidade da PM, como gerenciamento de crise e controle de distúrbio.

Hoje, por exemplo, parte do efetivo do 15º participou de uma palestra que teve mais aspecto de treinamento, sob a batuta do major PM Sandro Queiroz, Comandante de Operações Especiais, da capital paraense, Belém. Durante a palestra, o oficial exibiu para os presentes algumas imagens gravadas em vídeo, em que são mostradas situações de tensão extrema.
Assalto com reféns, invasões de agência bancária, distúrbios em via pública, assaltos a veículos de transporte de passageiros e outras situações, em que os homens da elite da Polícia Militar têm posta á prova sua destreza. Em um deles, aparece um assaltante com a arma apontada para a cabeça de uma refém. De súbito, um disparo do atirador põe fim à situação, com a morte do meliante. Em outra, um assaltante que acaba de tomar como reféns vários funcionários e clientes de uma panificadora é eliminado pelos homens da PM.

São situações em que não há outra alternativa, senão a neutralização imediata do risco, ou seja, a morte do bandido, como resguardo da vida de inocentes. Em suma, a PM em Itaituba está se qualificando cada vez mais, e isso deixa um certo alívio para a população, complementando que até os novos policiais, recém-formados no curso, tiveram treinamento em várias situações inerentes ao trabalho do policial militar.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Pena de Morte, sim... mas com responsabilidade!

Des Marco Antônio Barbosa Leal defende
pena de morte no Brasil
Extraída do site www.oquintopoder.com.br, as frases a seguir espelham o desejo de uma grande parcela dos brasileiros em que se combata, de igual para igual, o avanço inexorável da criminalidade. Sim, claro. De igual para igual mesmo. Se bandido vive matando cidadãos inocentes, pena de morte neles. Mas para crimes hediondos, claro. Para crimes considerados bárbaros, cruéis... A pena de morte é uma proposta polêmica, mas tem lá seus fundamentos. Por outro lado, é importante que analisemos a questão com muito cuidado, poderando todos os pontos importantes e influentes, para que não joguemos na prática mais uma lei que nada mais fará do que favorecer uns e punir grave e sumariamente outros. Há de se considerar que já houve casos em que brasileiros inocentes passaram anos na cadeia, até que, finalmente, tiveram sua inocência provada e ganharam a liberdade. Tecnicamente, claro. Porque permaneceram presos, alijados de seus direitos, discriminados por uma sociedade que, por muitas vezes, é bem mais cruel do que imaginamos.

É importante lembrar, ainda, que a pena de morte é o castigo mais enérgico e eficaz que um governo pode lançar mão, em sua luta contra o crime, para a conservação da ordem e a defesa da sociedade, sempre e quando sua aplicação seja rápida e infalível. Lembrando sempre que o próprio apetite reto do fim pressupõe sua reta apreensão, a qual depende da razão.

Vejamos a pré-matéria:


"É digna de apoio a manifestação do desembargador Marco Antônio Barbosa Leal, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, relativa à pena de morte e à redução da maioridade penal. Com coragem, enfrenta preconceitos dos que se representam como os politicamente corretos, encarnações do enfim definitivo e verdadeiro conceito de direitos humanos. Em seus dogmas, terminaram se esquecendo do homem, das vítimas, dos mortos, dos mutilados em mãos daqueles que são apresentados como carentes de responsabilidade, como se suas ações tivessem sido dirigidas por alguma potência mágica".


Ah, mas os tais defensores dos direitos humanos não admitem ser possível para um país como o Brasil introduzir leis tão rigorosas e "cruéis"... "Cruéis"?! Claro, cruéis... na opinião deles, que estão com sua segurança garantida, através dos condomínios de luxo rodeados de seguranças. E nós, como ficamos? Até que ponto deveremos nos expor a situações constrangedoras, humilhantes e degradantes perante bandidos da pior espécie, dominadores do sistema? É, porque, na prática, o banditismo está dominando o sistema. Basta analisar pela expressiva quantidade de liberações através de indultos diversos que são concedidos a bandidos presos. E uma grande parte deles não volta. Ainda se só não voltasse, tudo bem. "Vai pra o diabo que te carregue". Mas os que não voltam também costumam delinquir... Então, quando nós, reles mortais, deveríamos estar nos preparando para passarmos datas comemorativas em família, temos que nos preocupar em reforçar a segurança de portas e janelas, soltar cachorros e ligar cercas elétricas e portões eletrônicos... Algo a retrucar? Nada mais a dizer...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Miritituba em clima de revolta

Passageiros foram os mais penalizados.
Mas o protesto foi avaliado como por uma causa justa

Um compromisso assumido pela empresa Rede Celpa por ocasião da chegada da energia de Tucuruí a Itaituba rendeu um verdadeiro imbróglio dez anos depois. A companhia elétrica instalou a rede elétrica em Mirituba até o porto da Balsa, beneficiando os comerciantes e moradores do perímetro. Só que, àquela época, o compromisso era que, tão logo fosse definido o início das obras de asfaltamento da BR-230 (Transamazônica), a Rede Celpa estaria responsável pela transposição da rede elétrica, do lado esquerdo para o lado direito da rodovia. Compromisso assumido, documentos assinados, mas... nada cumprido!

Hoje, estivemos em Miritituba, o Dioney Alves e eu. Fomos cobrir uma manifestação que já era pedra cantada desde a semana passada, quando o comando do destacamento do 9º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) estabeleceu como condição para complementar o asfaltamento até a 'beira do rio' a transposição dos 12 postes. Os moradores foram, há coisa de dez dias, até o escritório da Celpa, onde foram recebidos pelo gerente local, senhor Roberto Gilliard, que, por sua vez, pediu prazo até a sexta-feira passada (27) para fazer a tal transferência. O prazo foi concedido, mas nada aconteceu.

A manifestação instalou, no leito da rodovia um autêntico cenário de guerra. Pneus queimados, madeira amontoada impedindo a passagem deos veículos, que ficaram estacionados. Ônibus, caminhões, carros pequenos, caminhonetes, enfim... Ninguém passava de carro. E os passageiros foram forçados a carregar suas malas nas costas, para apanharem os carros no outro lado da barreira formada pelo fogo.

Valmir Climaco, prefeito de Itaituba, esteve lá. Até que a intermediação foi válida, já que, com a presença do Roberto Gilliard, o comandante do destacamento do BEC reafirmou a exigência pela transferência dos postes. Uma conversa de aproximados 20 minutos decidiu que o trabalho deve acontecer nesta terça-feira, quando um caminhão munck, do Exército, vai auxiliar na retirada dos malfadados postes. Quem sabe, assim a manifestação acaba. Mas o pessoal não recua, por enquanto. Todos permanecem com o protesto, pelo menos até que se decida pela desimpedimento para que o asfaltamento possa ser complementado.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Blogueiros, uni-vos...!!!

Figura que representa os blogueiros adeptos do 'Trollismo'

Aos blogosferáqueos de plantão, devo tirar o chapéu para as expressivas demonstrações de criatividade, obstinação e muita coragem em denunciar e divulgar fatos que se correlacionam diretamente com o bem-estar da nossa sofrível e sofrida população. Particularmente neste período de campanha política, em que os candidatos, assessores e coordenadores de campanha se trancam em locais obscuros, criando estratégias diversas para angariar votos, custe o que custar, é importante que tenhamos à disposição esta ferramenta de tão importante papel social: os blogs.

Elevo a figura dos blogueiros, que, no seu afã de defender os interesses coletivos, postam mensagens de alerta, divulgando o real perfil de muitos candidatos aos cargos eletivos, principalmente mostrando os seus interesses encobertos por palavras macias e cheias de fitilhos, rapapés e salamaleques.

Só assim, teremos um eleitorado mais consciente, especialmente por estarmos dividindo a presença na relação dos aptos ao voto com jovens ainda em estágio de formação psicológica. O que adquiriu o direito ao voto aos dezesseis anos nem imagina a responsabilidade que tem, e é neste momento que entra a nobre missão de esclarecer, dirimir dúvidas e orientar para uma conscientização mais profunda em torno da importância do que vai ser digitado na urna.

Mas o que eu peço é que não se tornem mais um "Troll", tipo de blogueiro improdutivo que nada mais faz do que criticar sem sentido, ofender sem sentido, denunciar sem sentido e escrever sem sentido... Em suma, nada que faz que faça sentido!

Então, blogueiros de plantão. Vamos divulgar a nossa ferramenta de divulgação. Vamos socializar as informações. Vamos contribuir para um mundo melhor, mais justo, mais humano, mais consciente.

Seria importante, porém, que mais pessoas se interessassem de forma responsável pelo acesso à Internet. Enquanto isso não acontece, não custa nada colar um panfletinho aqui, um cartazinho acolá, divulgando a ferramenta de divulgação. Mas vamos mesmo! Precisamos disso! Nossos jovens precisam disso! E, ó... sucesso a todos! Nós também merecemos isso!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ser Apaeano, ser humano, ser humilde e solidário

Cartaz padrão do período festivo da Apae

Estive acompanhando a cerimônia de abertura da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, organizada pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e realizada simultaneamente por todas as milhares de Apaes do Brasil. Devo dizer que fiquei impressionado. Durante os depoimentos de alguns pais de alunos, você chega a se perguntar de onde essas pessoas conseguem tirar tanta força e resistência, para suportar momentos profundos de angústia, sofrimento e renúncia. Mas a resposta está bem perto: conseguimos notar, no semblante desses pais, mães, irmãos e amigos que se dedicam aos portadores de deficiência, uma expressão de vitória, de conquista; um sabor inigualável de ser grandioso, ser vencedor. E essa impressão que essas pessoas deixam nos fazem acreditar, veementemente, que há nelas uma força tão grande, que chega a suplantar o potencial físico, mas esta em acordo com o espiritual do ser humano.
Vi pais em prantos ao deporem sobre os avanços alcançados por seus filhos. Vi pessoas que sequer conheciam a Apae em profunda emoção, ao elogiarem efusivamente o trabalho da instituição. O pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, Alfredo Mendes, disse que, daquele momento em diante, passa a ser um 'amigo da Apae'. O mesmo foi dito pelo padre Charles de Oliveira, pároco de Nossa Senhora do Bom Remédio. "Isso é lindo", disse.
Também vi crianças cumprimentando educadamente a todos que chegavam. Os alunos da Apae estão cada vez mais inteligentes. Isso é resultado de um trabalho árduo, porém enobrecido pelo seu cunho social e humanitário. Assim podemos descrever a dedicação da senhora Rita Maria Lima, esposa de Francisco Trentino. Ele, um dos maiores colaboradores, um dos guerreiros na vinda da Apae para Itaituba. Ela, presidente da entidade, uma personalidade fortíssima, uma pessoa que dispensa comentários pela sua expressão de fé, esperança e profunda dedicação à sua causa.
Vi, por fim, crianças alegremente dançando carimbó, em uma coreografia criada por uma das educadoras da Apae, mas que encontrou nos alunos o casamento perfeito. E foi assim que passei a valorizar, ainda mais, essa valorosa entidade, essa iniciativa que tudo tem a ver com humanitário, e que merece todo nosso respeito e admiração.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Conversa de General

General Jorge Fraxe, tranqüilo e confiante,
prevê conclusão do trecho até o final do verão


Ninguém merece trafegar por uma rodovia nas condições da BR-163. Mas que remédio? Não há outro meio, pelo menos por via rodoviária, para se manter o contato entre os estados do Pará e Matogrosso; o escoamento de boa parte da produção do Nortão Matogrossense, e as próprias relações comerciais entre os municípios que compõem o eixo negocial nos dois estados.
E, pra completar, o general de divisão Jorge Fraxe, diretor de Obras Sociais do Exército, não convenceu muito ao tentar justificar os atrasos ocorridos nos trechos de responsabilidade da instituição na rodovia. Os 5º, 8º e 9º Batalhões de Engenharia de Construção (BEC), respectivamente de Rondônia, Santarém e Cuiabá, não têm cumprido com os organogramas traçados para o andamento e conclusão das obras em seus respectivos lotes, e a resposta vem direto em cima dos usuários da malha viária.
Fazer o quê?, pergunto eu. Perguntamos nós, aliás.
Muito receptivo à imprensa e comunicativo, o que é uma regra na sua posição sócio-política, o general apontou muita burocracia, também, no processo de análise e liberação das licenças ambientais para exploração de materiais, como piçarra e rochas, a serem utilizados nas obras. Outra justificativa está focada nas condições climáticas adversas da região. "Tem chovido muito nos últimos meses (?). Não chuvas torrenciais, mas com certa frequência", disse o general Fraxe.
Chuvas, naturalmente, são uma identidade particular da Amazônia. Será que a Diretoria de Obras Sociais do Exército, e o próprio Comando do Exército não sabiam disso?
"Mas não vamos ser otimistas ao extremo, nem buscar evasivas para justificar os atrasos. Por outro lado, estamos trabalhando incessantemente para aproveitarmos o verão e concluirmos o trecho de Miritituba a Campo Verde até o final da estação", disse, veemente, o general. Ele também informou que um problema técnico na máquina de produzir asfalto contribuiu para os atrasos. "Mas o próprio fabricante fez um 'recall' por sua conta na usina. Está tudo pronto, e hoje mesmo (quarta-feira, 11), já produzimos vinte toneladas de asfalto", complementou.
Bem, repito... e repito... e repito... Fazer o quê? Vamos torcer, e fazer um esforço pra dar um crédito ao Exército, mesmo que ele não tenha merecido muito nos últimos anos, né isso?

Capelinha Parte 3 - O coroamento do esforço físico e espiritual

Mauro Torres (E), Joãozinho Prata, Aldonar Prata (Cabano),
Dioney Alves (Billy) e William Torres


A caminhada até a Capelinha de São José da Mata foi dividida em quatro dias, com a média de quatro horas de caminhada por dia. Na primeira etapa, levamos pelo menos quatro horas e meia para chegar ao primeiro acampamento. Aqui, a peregrinação pára e descansa, renovando as energias para retomar a caminhada no dia seguinte. Também estamos acompanhados de pessoas que conhecem a área, além de representantes do Instituto Chico Mendes, organismo responsável pelo gerenciamento do Parque.

Estamos acompanhados da dona Raimunda Pompílio, uma senhora com mais de sessenta anos que caminha pela trilha levando nas mãos um par de muletas. Ela está encarando a caminhada em cumprimento a uma promessa feita há muitos anos, depois que o filho sofreu um acidente e ficou sem andar por vários meses. Só agora foi possível cumprir com a penitência. “Eu vim por toda a caminhada e adorei. Quando acontecer de novo, eu venho de novo. E, sempre que puder, eu vou estar aqui”, garante.

No dia seguinte, chega a hora de retomar o caminho. Pelo percurso, encontramos vários igarapés de águas frias e cristalinas. Por esses locais, os responsáveis pela manutenção da trilha tiveram que criar alternativas para a travessia. Todo cuidado é pouco, para evitar acidentes. Mas tudo transcorre de acordo com o que foi programado. A caminhada, longa e cansativa, se mostrou prazerosa, a ponto de despertar a emoção do grupo. Depois de mais quatro horas, chegamos ao nosso objetivo. Fincada no meio da selva, a uma distância de calculadamente trinta quilômetros, está a Capelinha de São José. Este é um momento especial para os devotos do santo.

Conta a lenda que, há mais de um século, um explorador, que ainda não se sabe se era um religioso ou comerciante, andava por essas bandas, quando, ao chegar à margem de um igarapé, deparou com um animal grande, estranho e assustador. Ele transportava sua carga em mulas, que acabaram por se perder na mata. O homem fez uma promessa a São José, garantindo que, se saísse com vida e encontrasse os animais, retornaria e construiria uma capela. A primeira, construída com barro e talas, foi demolida e, no lugar dela, foi construída esta, em alvenaria, simples, mas muito bonita, do alto de sua simplicidade.

A história foi remontada pelo vereador e católico Raimundo Pimentel, conhecido por “Dico”, é o idealizador da expedição, a romaria que homenageia São José. Devoto, ele mantém a tradição há alguns anos, e pretende levar a idéia adiante, e aumentar o número de romeiros. “É um prazer muito grande. Quando encontrei a capelinha pela primeira vez, eu senti uma emoção muito forte. Eu faço isso com muito gosto. Amo a caminhada, e adoro chegar até aqui”, resume.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Surfista de Caminhonete

► [ Imagem típica nas rodovias que interligam cidades e garimpos na Amazônia ]

Impressionante, interessante, arriscado. No mínimo, uma imagem ímpar, típica do sub-desenvolvimento. Um homem se equilibra na parte superior da cabine da caminhonete em direção a Jacareacanga.

Normalmente, essas pessoas são braçais, trabalhadores de baixa renda que se arriscam na zona garimpeira. Antes, porém, os riscos começam na porta de casa. Eles engrossam a lista da mão de obra fácil e barata em cidades como Itaituba, Trairão, Novo Progresso, Rurópolis, Placas e outras.

Na dimensão do risco, está a moldagem do caráter e da coragem desses caras. São, em sua maioria, anônimos, que movem o universo econômico do alto de sua humildade. Se arriscam, sim, sem medo. E, a cada investida semelhante, se tornam mais e mais corajosos.

Daqui, eles vão carregar óleo para mover os motores que exploram o garimpo. Eles vão montar as casas de alvenaria dos ‘senhores do ouro’, que dominam as frentes de trabalho. Não são bandidos, são trabalhadores. São pais de família, são jovens de rosto curtido pelo calor que beira o insuportável no interior da selva.

E não há preocupação em se arriscar deste modo. Afinal de contas, sobreviver é preciso, como é preciso manter a família; custear despesas tradicionais, como o pão de cada dia, a vestimenta, escola, a conta da mercearia, a farmácia, a padaria. São homens assim que apostam num progresso, mesmo adverso a esse desenvolvimento, já que a grande maioria mal tem carteira de identidade. O principal documento é a própria feição, moldada pelos sucessivos dias de frio e calor, quentura e umidade na região prometida, que pouco deu em troca.

Capelinha Parte 2 - Fé católica supera o cansaço físico

A caminhada até a Capelinha de São José da Mata reservou surpresas impressionantes para os aventureiros, que aplicaram vigor físico, muita fé e presença de espírito para enfrentar o percurso de mais de trinta quilômetros. A primeira etapa, projetada para durar cerca de quatro horas, foi um misto de conforto e muita animação, com todos decididos a encarar o desafio sem recuar. Quilômetro a quilômetro, o trajeto foi sendo devorado, tudo em defesa de um objetivo planejado a partir da tradição católica.

→ [ Capelinha de São José, cerca de 30 quilômetros mata adentro, em pleno Parque Nacional da Amazônia ]

Com aproximadamente 1 hora e 40 minutos de caminhada, demos uma parada para descansar. Meia hora antes, tomamos um rápido lanche; comida leve, para não pesar no estômago, reservar energia e evitar o cansaço, que, a esta altura, se apresenta quase insuportável. Mas as belezas naturais da floresta e a própria fé nos move e leva em diante nossa resistência. Vale tudo para manter esse espírito, tão forte e resistente.

Praticamente dentro do tempo previsto, a primeira parte da caminhada encerrou no acampamento conhecido como Pedro Bico, calculadamente quatorze quilômetros do ponto de partida, a margem da rodovia. Aqui, o almoço e os preparativos para uma merecida noite de descanso. E a selva entrou com seus encantos, maravilhas e perigos. É necessário que todos estejam atentos. A área também tem seus riscos, e não é prudente se afastar do grupo, sob o risco de ser atacado por insetos e animais venenosos. Mas existem os destemidos, que querem mais emoção. E a primeira delas vem com uma aranha. Identificado como extremamente perigoso, o pequeno animal fica parado, enquanto é fotografado e filmado pela equipe.

No riacho, enfeitado com rochas, os olhos reluzentes de um jacaré-açú são a primeira surpresa. Maravilhados com a descoberta, passamos horas observando o animal estático, a uma distância segura. No mesmo riacho, estão outras espécies, algumas mais outras menos perigosas. Uma pequena jararaca d´água percebe a presença da equipe e procura se esconder rapidamente. Os pequenos peixes brincam na água corrente, enquanto o caranguejo parece estar dormindo e não dá nem atenção à luz que lhe perturba o sono.

No dia seguinte, os preparativos para retomar a caminhada são interrompidos por uma outra surpresa. Nos arredores do acampamento, foi encontrado um filhote de jacaré-açú, que, sem muito esforço, foi capturado e trazido para ser apresentado ao restante do grupo. O pequeno animal se mostra atento, mas não esboça reação, até porque está imobilizado, e todos querem admirá-lo.

As maravilhas do Parque Nacional da Amazônia se apresentam como companheiras dos peregrinos de São José da Mata. Durante a caminhada, são observados fenômenos que tão somente anos de pesquisa são capazes de explicar. Árvores que caíram e se transformaram em canteiro para fungos e parasitas, que procuram a luz do sol para se desenvolver, se revelando em belas flores, como esta, de um vermelho profundo... As palmeiras trabalham para repor o oxigênio do solo abafado da floresta. Elas estão por todos os lados, em todos os tamanhos, e cada uma assume sua parcela de responsabilidade no bioma Amazônico. Os frutos são muito apreciados por serem ricos em proteínas e vitaminas como o cálcio, além de uma fonte de óleos.

Caminhando mais adiante, a equipe depara com outra surpresa. Uma família de macacos que se alimentava na copa das árvores não parece estar muito disposta a se apresentar, e procura se ocultar na folhagem. São macacos-prego e aranha, variedades presentes na lista dos ameaçados de extinção. Mas esses, pelo menos, estão protegidos.

Neste ano, mais uma vez, a caminhada até a Capelinha de São José se apresentou como uma excelente oportunidade de exercitar a fé e mostrar que o homem tem bem mais potencial do que pensa ou aparenta. Além de uma forma de reconhecer a presença espiritual do Pai do Menino Jesus em nossas vidas, a peregrinação é uma prova de resistência e um verdadeiro expoente do rico potencial que a natureza deu de presente à humanidade.

Irena Sendler - Uma eterna dívida social

Uma senhora de 98 anos chamada Irena Sendler faleceu há pouco tempo.

Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.

Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazistas relativamente aos judeus (sendo alemã!)

Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhoneta (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da caminhoneta um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazistas quando entrava e saia do Gueto.

Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.
Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.

Por fim os nazistas apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas, braços e prenderam-na brutalmente.

Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.

Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.

No ano passado foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... mas não foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por uns dispositivos sobre o Aquecimento Global.

Não permitamos que alguma vez esta Senhora seja esquecida!

Capelinha de São José da Mata – Sacrifício em nome da fé

Nesta semana, o Blog estará publicando uma série de três reportagens bordando a expedição à Capelinha de São José da Mata, um desafio através do Parque Nacional da Amazônia. Nesta primeira reportagem, você vai acompanhar o início da peregrinação, um misto de devoção, amor e fé, que move um pequeno grupo por arriscadas trilhas no coração da selva.

O Parque Nacional da Amazônia é um verdadeiro universo verde, com cerca de um milhão de hectares da maior floresta tropical do mundo, localizado entre os estados do Pará e Amazonas, configurando-se como um laboratório vivo, onde se concentram bilhões de espécies animais e vegetais, em um bioma que chama a atenção do planeta. É através deste complexo mundo, de seres estranhos e árvores gigantescas, que acontece a peregrinação, uma tradição que começou há mais de um século.

Estamos a 80 quilômetros de Itaituba, na rodovia Transamazônica, em pleno Parque Nacional da Amazônia. Neste ponto, começa o nosso maior desafio, que consiste em se adaptar, em um curto espaço de tempo, às adversas condições climáticas da floresta. Senhoras de meia idade e idosas acompanham o grupo. Estamos em número de 17 pessoas, incluindo o vereador Raimundo Santos Pimentel, o “Dico”, idealizador da caminhada.

Nossa caminhada começa por uma trilha, que foi aberta no início do século passado, mas que ficou perdida, e só voltou a ser localizada vinte anos atrás, quando a lenda da Capelinha de São José da Mata começou a ser comentada em Itaituba. A história despertou o interesse deste vereador, que é devoto de São José. Ele conta que foram várias tentativas, até que finalmente, foram encontrados os sinais da trilha que levaria até a capelinha. Segundo ele, a emoção foi tão forte que não existem palavras para expressar o momento. “Tentamos uma, duas, três vezes. Na quarta vez, encontramos a Capelinha. Foi uma emoção que eu não sei descrever. Foi como se eu estivesse chegando em um outro universo, foi lindo pra mim”, diz, emocionado.

A Caminhada

A trilha pelo meio da selva oferece momentos especiais para quem gosta do turismo ecológico. Árvores gigantescas, com até 80 metros de altura, desafiando a gravidade, com suas copas protegendo as menores. A floresta, por si, já é um grande espetáculo. Ela se mantém por conta própria. Tudo acontece em um ciclo natural interminável. Os galhos e as folhas secas entram em processo de decomposição e se transformam em adubo. Neste universo vegetal, a regra é nascer, crescer, envelhecer e morrer, dando lugar a novas e diferentes formas de vida.

Amilton Farias, instrutor de rapel e outros esportes radicais, orienta para determinados cuidados que as pessoas precisam tomar para que não haja problema. “Aqui, o homem precisa respeitar todos os espaços, para não se expor a riscos desnecessários”, diz.

Para enfrentar a caminhada, roupas leves, pouca bagagem e muita energia. Afinal, a floresta é receptiva, mas o clima quente e úmido pode se transformar em um grande inimigo. No grupo, estão homens e mulheres, movidos por um espírito de fé e devoção, que parece acumular a energia necessária para vencer os obstáculos. É com este espírito que a caminhada tende a se tornar uma tradição, que, por sua vez, nasce de uma lenda que teve sua origem baseada na fé de um explorador. Mas esta parte da história é assunto para uma próxima reportagem.

sábado, 31 de julho de 2010

Técnicas para uma boa reportagem

Entendo que, com pleno interesse em repassar uma informação completa, o jornalista, particularmente o repórter, precisa tomar por base seis pontos de esclarecimento: considero estes como os mais importantes:
- O quê?
- Quando?
- Onde?
- Quem?
- Como?
- Por quê?
A entender:
1) O fato (O quê)
2) Horário do fato (Quando)
3) O local (Onde)
4) Os envolvidos (Quem)
5) As circunstâncias (Como)
6) As causas (Por quê)
Exemplo:
A cabeça/chamada
Locutor/apresentador: POLÍCIA PRENDE SUSPEITOS DE ASSALTO A UMA AGÊNCIA DO BANCO DO ESTADO...
= A CAPTURA DOS ACUSADOS ACONTECEU DEPOIS DE QUINZE DIAS DE INVESTIGAÇÕES DO SERVIÇO RESERVADO DA PM...
A reportagem:
Texto: O ASSALTO (O FATO) ACONTECEU POR VOLTA DE 1 E MEIA DA TARDE, JÁ NO FINAL DO EXPEDIENTE DE SEXTA-FEIRA (HORÁRIO DO FATO), NESTA AGÊNCIA DO BANCO DO ESTADO (O LOCAL)QUANDO OS OPERADORES DOS CAIXAS DA AGÊNCIA ESTAVAM RECOLHENDO O DINHEIRO...
= OS ASSALTANTES (OS ENVOLVIDOS) ADENTRARAM A AGÊNCIA ARMADOS DE SUB-METRALHADORAS E PISTOLAS (AS CIRCUNSTÂNCIAS). ELES RENDERAM OS CLIENTES E FUNCIONÁRIOS DO BANCO, ALÉM DE DOIS VIGILANTES.
= DE ACORDO COM AS IMAGENS DAS CÂMERAS EXTERNAS DE VIGILÂNCIA DA AGÊNCIA, NÃO HAVIA NENHUM POLICIAL NOS ARREDORES NO MOMENTO DO ASSALTO // QUE, SEGUNDO INFORMAÇÕES DA POLÍCIA, FOI PLANEJADO A PARTIR DA INFORMAÇÃO REPASSADA POR UM FUNCIONÁRIOS DO SETOR DE COBRANÇA (AS CAUSAS)
Detalhe: Alguns itens podem se repetir.
= DEPOIS DO ASSALTO, UMA LIGAÇÃO ANÔNIMA PARA A SECCIONAL DO BAIRRO DO LIMOEIRO, ONDE ESTÁ LOCALIZADA A AGÊNCIA BANCÁRIA, DEU UMA PISTA DA LOCALIZAÇÃO DOS ASSALTANTES, QUE ESTAVAM ESCONDIDOS NESTA CASA (LOCAL), ONDE MORA UM DOS MEMBROS DA QUADRILHA (OS ENVOLVIDOS), QUE É FORMADA POR TRÊS IRMÃOS, ALÉM DE QUATRO COLEGAS DA FACULDADE DE ENGENHARIA DA CAPITAL...
Nota-pé
O nota-pé se constitui numa informação final, algo como “A POLÍCIA AINDA INVESTIGA A PARTICIPAÇÃO DE MAIS PESSOAS NO BANDO // QUE É SUSPEITO TAMBÉM DE OUTROS ASSALTOS NA MESMA REGIÃO”...
Com esses detalhes, a reportagem está completa de informações. É importante lembrar, também, que, a partir da nota-pé, em que há a informação de que a polícia vai dar continuidade às investigações, fica a expectativa em torno da prisão de novos envolvidos, o que impõe a necessidade de que o mesmo jornalista que fez a primeira reportagem acompanhe o desenvolvimento das investigações. As regras se aplicam a todo tipo de reportagem, seja de qualquer assunto.