terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O sonho não acabou. Tapajós, sempre!


"Hoje começa uma nova etapa na luta por um sonho, pois ele não acabou. O resultado do plebiscito representa para as regiões do Tapajós e do Carajás a confirmação da vontade popular pela mudança. Assim como o 11 de setembro deixou marcas indeléveis na história da humanidade, por sonhos interrompidos pela estupidez de fanáticos, o 11 de dezembro vai deixar marcas profundas – algumas de frustração e revolta, mas outras de esperança e de fortalecimento da luta, pois agora temos a certeza de que a região metropolitana nos trata como se estivéssemos ainda nos tempos coloniais. O luto que está sendo anunciado não é por uma derrota do sim, mas pela derrota do Pará como um todo, que perdeu uma oportunidade impar de reduzir as suas desigualdades regionais e melhorar seus indicadores sociais. A propaganda serviu para que nos conhecêssemos melhor, e descobrimos o quanto somos achincalhados apenas porque desejamos cuidar dos nossos destinos.
Venceram os colonizadores, latifundiários e escravocratas, de ontem e de hoje. Quem teve motivos para comemorar de verdade foram os grupos políticos e econômicos que dominam o estado e não aceitam serem contrariados em seus interesses. Quem festejou o Pará grande e a unidade, ainda não se deu conta de que essa grandeza e essa unidade proclamada não passam de retórica vazia a serviço da manutenção de um sistema perverso para o qual o território é que conta, e não as pessoas que nele habitam.
O resultado desmente todas as afirmações que foram utilizados para conquistar adeptos do Não, ao dizerem que a criação dos dois estados era coisa de políticos, de forasteiros, e que não representava a vontade das pessoas das regiões do Tapajós e do Carajás. Agora está confirmado, estas regiões formam de fato novos estados. E mesmo que demore para serem reconhecidos de direito, o sentimento está instalado e ele vai se concretizar um dia. O resultado da eleição pode até trazer frustração e revolta, mas também traz esperança e ânimo para duas frentes de luta, uma delas já foi batizada de Tapajós, sempre!; A segunda é de cobrança, e pode ser sintetizada assim: Impediu de sermos livres, agora cuide! E isto significa cobrar diuturnamente a presença do estado nestas regiões para as quais houve tanto empenho em mantê-las presas.
Tapajós sempre! Um sonho não morre. Especialmente quando este sonho é coletivo. E hoje temos a certeza disso".

(Texto: Anselmo Colares / Locução: Jorge Carlos)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vila de São Luis do Tapajós vivencia mais um Festival do Tambaqui

Prefeito Valmir Climaco prestigiou o evento
A comunidade de São Luís do Tapajós em clima de festa recebeu os visitantes para mais uma edição do tradicional Festival do Tambaquí.  O evento que aconteceu nos dias 2, 3 e 4 de dezembro teve como atração  principal, a Banda Cintura Fina que levou ao público todos os ritmos musicais do Pará, além  da escolha da Garota Tambaquí e torneios esportivos. O cardápio variado privilegiou o peixe em forma de caldeirada, frito, assado, moqueado, pirão escaldado, bem como, outras criações culinárias feitas pelos barraqueiros que todos os anos recebem treinamento especial para o sucesso gastronômico do festival.
Degustação do Tambaqui à moda tapajoara
O Festival do Tambaquí é um evento que faz parte do calendário turístico da região com ênfase para sua vocação econômica sustentável. Além dos peixes nobres, a comunidade tem como atrativos naturais as corredeiras, o campo dos perdidos e as praias perenes. Esse patrimônio disponibilizado pela natureza credenciou sua inserção no Proecotur, sendo por sinal, uma alternativa de geração de emprego e renda tendo como matéria prima, o patrimônio natural.

Para o prefeito Valmir Climaco, o Festival do Tambaquí além de revelar os sabores da Amazônia, é uma importante ferramenta de geração de renda aliada à sustentabilidade, já que a ilha possui inúmeros atrativos naturais, históricos e culturais.