domingo, 2 de agosto de 2015

ITAITUBA: TRABALHADOR MORRE AO CAIR DE ÁRVORE

João Monteiro teve morte instantânea
O TRABALHADOR ESTAVA SEM EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E, POR IRONIA, PREFERIU AMARRAR O MOTOSSERRA A PROTEGER A PRÓPRIA VIDA.

João Monteiro da Silva, 57, trabalhador autônomo, morreu ao despencar de uma altura de cerca de seis metros. O incidente aconteceu por volta das 10h30 do último sábado (01), na avenida Marechal Rondon (Estrada do BIS), em Itaituba, próximo à aldeia Praia do Índio. Um grupo de curiosos se concentrou no local para acompanhar o trabalho do Corpo de Bombeiros e Samu. As equipes foram acionadas para o ponto da ocorrência, mas já não havia nada a ser feito pela vida do trabalhador. Segundo detalhes coletados no local, João Monteiro teria sido contratado para cortar uma árvore da espécime ‘amarelão’, que fica na margem esquerda da avenida, sentido 53 BIS. Ele não usava nenhum dispositivo de EPI (Equipamento de Proteção Individual), apenas utilizou uma corda para amarrar o motosserra. Em dado momento, apoiado em uma forquilha, o homem teria cortado uma parte da árvore acima da sua posição, quando a pesada tora desabou, acabou desequilibrando o trabalhador, que, sem apoio, despencou de ponta-cabeça e acabou caindo sobre uma pedra, sofrendo trauma crânio-encefálico, morrendo instantaneamente. “O que nós observamos é que ele não usava nenhum equipamento de segurança. Ironicamente, o trabalhador protegeu o seu equipamento, o motosserra, mas não se protegeu, e acabou pagando com a própria vida. Aqui temos um exemplo do que jamais deve ser feito, principalmente em um trabalho de risco como esse”, disse o soldado Bombeiro Martins, que coordenava a equipe.
Ironia: Motosserra ficou ileso, suspenso por uma corda

A técnica Maria Antonia Sousa, do Serviço de Atendimento Móvel (SAMU), reforçou, afirmando que todo e qualquer trabalho tem determinada parcela risco. Nesse caso, pior ainda, já que o trabalhador realizava uma operação em altura e não usava proteção. “É lamentável, mas observamos que esse tipo de situação acontece muito. Pedimos aos operadores da construção civil e autônomos que fazem esse tipo de trabalho que se preocupem com essa questão de equipamentos de proteção. Aqui se perdeu uma vida que poderia ter sido salva com procedimentos simples”, disse Maria Antonia.
O corpo de João Monteiro da Silva permaneceu no local até ser removido pelo carro-tumba do Centro de Perícias Científicas, do Instituto Renato Chaves (CPC/RC). Após o procedimento de necropsia, o corpo foi liberado para a família. João Monteiro morreu deixando esposa e filhos, e era conhecido por sua disposição para o trabalho e grande simpatia junto aos amigos.

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