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| Equipe de manutenção foi acionada, mas não compareceu (Imagem Ilustrativa) |
Até as 19h da última terça-feira (11), o casal de idosos, Antenor de Sousa, 78, e Isabel Ribeiro, 73, ambos aposentados e com a saúde debilitada, completava vinte e quatro horas sem energia elétrica em casa. Antenor e Isabel Ribeiro moram na avenida Marechal Rondon, próximo à rotatória da Transamazônica, centro de Itaituba, e ainda lembram do que aconteceu na noite de segunda-feira, quando um curto-circuito no sistema interrompeu o fornecimento de energia. O menor dos problemas foi a escuridão, porque o calor da madrugada foi insuportável. Para piorar a situação, o casal fez contato várias vezes com a empresa terceirizada da Celpa, na tentativa de resolver o problema, mas lhes foi dispensada a mínima atenção. “Estamos esperando até agora. O calor é horrível, e nós não estamos bem de saúde. Todos os nossos vizinhos, que tiveram o mesmo problema, estão com a energia restabelecida. E nós, como ficamos?”, questiona Antenor.
O colapso no fornecimento de energia elétrica ocorrido nesta semana, já não é novidade. As quedas de energia são frequentes, e a população não sabe a quem recorrer. Israel foi apanhado de surpresa logo no início da manhã. Depois do Black-out, ele foi ligar o televisor e descobriu o prejuízo. “E agora, quem vai pagar o meu prejuízo? Será que adianta eu recorrer à Justiça? Acho irresponsabilidade da empresa fazer uma coisa dessas”, protesta Israel.
O colapso deixou mais da metade da cidade sem luz a noite toda. Em contato telefônico, a Assessoria de Comunicação da Celpa disse que a informação que recebeu da gerência da empresa em Itaituba foi de que galhos de árvores haviam caído sobre a rede. Essa seria uma das causas do problema. Por outro lado, para o empresário Davi Menezes, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Fórum das Entidades, essa ‘desculpa’ não convence, até porque as interrupções de energia ocorreram em diversos pontos da cidade e em horários diferentes.
“Dá de pensar até que a Celpa leva a reclamação dos consumidores na brincadeira. Não podemos ficar de braços cruzados. Há muito tempo, essa situação já passou dos limites. Precisamos nos mobilizar, acionar a Justiça e buscar soluções imediatas. Ao fim do mês, o talão está na porta. E o serviço de qualidade, que é direito do cidadão, ele não tem”, pontifica Davi Menezes.
O empresário informou ainda que tentou se comunicar com o presidente da CELPA através de mensagem por celular cobrando explicações para a demora dos investimentos prometidos por ele quando esteve em Itaituba para justificar o aumento de mais de 34% na conta de luz. Um ano depois nenhum dos investimentos prometidos foi cumprido, e o problema das oscilações e interrupções de energia continuam.
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