Atayde defende que o investigador fica melhor informado sobre a ocorrência |
“Além
de termos carência de escrivães, não existe, na lei, nenhuma restrição ao
desenvolvimento dessa atividade pelos investigadores”, explicou o delegado
geral da Polícia Civil e presidente do Consup, Nilton Atayde.
Segundo
ele, a resolução não vincula diretamente o investigador a essa função, uma vez
que ela continuará sendo da incumbência dos escrivães, mas prevê a medida no
caso de ausência do escrivão. “Na prática, isso já acontece. Além do mais, o BO
é o primeiro passo de uma investigação, tarefa, por excelência, do
investigador”, destacou.
A
opinião é compartilhada pelo investigador Francisco de Assis Silva, policial
civil com mais de 20 anos de experiência. Para ele, a iniciativa beneficiará,
principalmente, a população, que terá as demandas mais rapidamente atendidas. “Quando um cidadão precisa procurar uma
delegacia, é porque já teve algum direito lesado. Então, ele sair de lá sem ter
um BO é uma segunda violação, de forma que tudo o que puder ser feito para
agilizar esse processo é bem-vindo”, afirmou.
Além
da nova medida, continua disponível para o cidadão o endereço eletrônico
www.delegaciavirtual.pa.gov.br, no qual é possível registrar boletins de
ocorrência para casos como extravio ou perda de documentos, crimes de roubo,
furto e violência contra a mulher ou acidente de trânsito sem vítima.
Nesse
sistema, o boletim é lavrado e encaminhado, via internet, para a delegacia mais
próxima do local onde ocorreu o fato. Posteriormente, o cidadão deverá ser
chamado a essa unidade policial, que dará continuidade ao processo de
investigação. “Vale lembrar que a falsa comunicação de crime à polícia é crime
e, portanto, passível de punição”, alerta o delegado geral. (Diário do Pará)
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