quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Malária: Queda de 90 mil casos no Pará

Bernardo: "Mas não devemos recuar"
Foi de 90 mil a queda no número de casos de malária registrado no Pará nos anos de 2010 e 2011. Segundo o Departamento de Controle de Endemias da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a redução foi de 182 mil para 88 mil registros, em dois anos. O dado foi apresentado pelo diretor do departamento, Bernardo Cardoso, na abertura da Avaliação do Programa de Controle da Malária, no hotel Gold Mar. O evento, promovido pela Sespa, tem o objetivo de avaliar a situação epidemiológica da malária em 27 municípios paraenses, e por isso teve a presença dos coordenadores municipais de endemias e diretores das Regionais de Saúde da Sespa. Em um ano, houve uma redução de 32% no número de casos da doença no Estado, ou seja, de janeiro a novembro de 2012, foram registrados 73.366 casos de malária contra 107.965 no mesmo período de 2011. Os municípios que mais reduziram o número de casos de malária foram Cametá, Oeiras do Pará, Curralinho, Bagre e Alenquer. Também houve diminuição naqueles considerados prioritários, como Itaituba, Anajás, Jacareacanga, Novo Progresso e Afuá. O avanço é resultado das ações da Sespa em conjunto com os municípios, tirando 2,8 milhões de pessoas da situação de risco. Segundo Bernardo Cardoso, o diagnóstico precoce e a prevenção em relação ao mosquito da malária são fundamentais para evitar o surgimento de novos casos. Ele informou que cada doente de malária custa aos cofres públicos R$ 2 mil, valor que pode chegar a R$ 25 mil se o caso requerer internação um unidade de terapia intensiva (UTI). “O trabalho conjunto é importante para manter a malária sob controle”, asseverou o diretor. Entre as medidas de prevenção, está a distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticida pelo governo do Estado, que adquiriu 60 mil unidades do produto este ano. Os mosquiteiros foram repassados aos municípios e foram distribuídos às comunidades mais atingidas pela malária. A meta do governo do Estado, segundo o diretor de Endemias da Sespa, é zerar o número de casos, com o apoio dos municípios. A diretora de Vigilância em Saúde da Sespa, Rosiana Nobre, frisou a importância de haver avaliação constante do andamento do Programa Estadual de Controle da Malária. “Temos que saber se estamos ou não no caminho certo, e a avaliação também é um momento de troca de experiências, conhecimentos e saberes”, disse, enfatizando que o combate à malária é uma prioridade do governo estadual e que uma boa parte dos recursos da Vigilância em Saúde tem sido canalizada para ações de combate à malária e dengue, resultando na queda no número de óbitos por essas endemias no Estado. Rosiana Nobre também destacou a importância dos exames laboratoriais do Laboratório Central do Estado (Lacen), que acabou de passar da classificação A para E, em avaliação do Ministério da Saúde, significando que receberá mais recursos para qualificação profissional e investimento em tecnologia para fazer exames na área de endemias, como dengue e malária, e de doenças transmissíveis, como a Aids. Segundo o coordenador de endemias de Ipixuna do Pará, Sidney Humberto Trindade, o apoio da Sespa foi fundamental este ano para o controle da malária no município. O município recebeu 700 mosquiteiros, que foram distribuídos à comunidade Balalaica para prevenção da malária, além de equipamentos, veículos e até combustível. “Com esse apoio, tivemos condições de desenvolver melhor as ações e deixar a doença sob controle”, concluiu. (Agência Pará)

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