terça-feira, 27 de novembro de 2012

PF deflagra ação em cinco estados e DF

(Ilustração)
A Polícia Federal prendeu ontem 27 suspeitos - inclusive policiais federais, civis e militares - de envolvimento com duas organizações criminosas que se instalaram em cinco Estados e no Distrito Federal, uma voltada para a prática de crimes financeiros, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, outra para quebra de sigilo e espionagem contra políticos, empresários e magistrados. A Operação Durkheim mobilizou cerca de 400 agentes e delegados que vasculharam 87 endereços comerciais e residenciais. A PF identificou, até aqui, 180 vítimas dos arapongas que adquiriam informações protegidas pelo sigilo em órgãos públicos e operadoras de telefonia. Entre as vítimas estão dois desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo, um senador, um ex-ministro de Estado, um banco, uma filial de emissora de TV e o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD). A ordem para deflagrar a operação foi dada pelo juiz Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Criminal Federal em São Paulo. Ao final de um dia intenso nos Estados de São Paulo, Goiás, Rio, Pará e Pernambuco e no Distrito Federal, a PF anunciou o resultado da operação: 27 prisões, 30 suspeitos conduzidos coercitivamente por ordem judicial e 57 indiciamentos; outros 10 serão enquadrados. Foram apreendidos 29 veículos, três motocicletas e dinheiro vivo. PARÁ - A ação da Operação Durkheim no Pará não resultou na prisão de ninguém. Segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Federal (PF), a operação se restringiu, no Estado, à “condução coercitiva” de um escrivão da Polícia Civil, lotado na Delegacia de Polícia de Paragominas, mas que mora em Belém. O funcionário estava de folga em sua casa. Ele foi levado para prestar depoimento na Superintendência da PF no Pará e depois foi liberado. Segundo a assessoria da PF, ele negou sua participação no esquema. A PF também recolheu mídias na casa do escrivão e na sala em que ele trabalha, na Delegacia de Paragominas. Todo o material apreendido será encaminhado para a Superintendência da PF de São Paulo. Segundo a assessoria da PF o caso está sendo investigado em segredo de justiça e nem mesmo os agentes do Pará sabiam em que estava sendo enquadrado o escrivão no caso e nem quais pessoas eles estaria bisbilhotando. Mas o escrivão seria somente um informante a respeito do andamento das investigações clandestinas no Estado que visavam o desvio de recursos públicos por meio de licitações, por exemplo. (Diário do Pará)

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