segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Miséria: Prato cheio para os demagogos

É chamativo discutir a pobreza em um mundo de consumismo e ostentação. É chamativo, pra não dizer demagogo, já que o que se vêem são discursos reprisados, a maioria baseada em frases de efeito e palavras doces, além, naturalmente, de lamentações levianas que, na prática, não representam a essência do pensamento do autor. Pobreza seria um desvio comportamental da natureza? Seria, na verdade, um acidente de percurso? Eu diria que a pobreza é, por assim dizer, o resultado de políticas mal elaboradas, ineficientes e irresponsáveis, além, claro, da ausência de políticas sociais. O mundo é desigual por natureza? Não creio... Princípios bíblicos definem que o homem foi concebido à imagem e semelhança de Deus. Ora, somos todos iguais. Viemos de uma mesma origem e vamos a um mesmo destino. Não seremos ali o pobre, o rico, o preto, o branco, o asiático, o nordestino, o judeu, o evangélico ou o católico. A vida é um fator natural que vem e que vai, como num interminável ciclo. A forma como construímos nossa vida, nosso ‘ter’ e ‘fazer’ é o que vai definir o que ‘faremos’ e o que ‘teremos’. Pensar que a pobreza, a fome, a miséria podem ser culpa da natureza é imaturo, ingênuo e nada sábio. Essas condições são, unicamente, resultado de ações anteriores, em igual, inferior ou superior intensidade. O que me ajuda a confirmar a teoria contida no texto é que ninguém vai pensar mais nisso depois de chegar ao ponto final... A não ser que, em uma outra ocasião, seja novamente provocado a discutir o tema.

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