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| Criançaainda sorri, apesar da mutilação |
O sorriso da pequena Chanandra Vicari, de apenas dois anos de idade, é o próprio retrato da inocência. A criança sequer imagina as mudanças que ocorrerão em sua vida depois deste grave acidente. Mas, quando é pra falar de sua condição, ela parece entender que está dodói.
Foi há pouco mais de uma semana, no distrito de Campo Verde, a 32 quilômetros de Itaituba, na BR-163. Enquanto o pai, que trabalha em um pequeno parque de diversões, realizava um trabalho utilizando uma máquina lixadeira, Chanandra estava por perto. O equipamento quebrou e parte da lixadeira atingiu a perna esquerda da menina. A amputação foi imediata. Conduzida ao hospital, a pequenina perdeu muito sangue, mas os médicos conseguiram salvá-la. A mãe, uma jovem de 22 anos, conta que o acidente com a filha foi um impacto muito forte e, até agora, ela não consegue aceitar que a criança teve a perna amputada. “Parece assim que a ficha não caiu. Eu fico triste. Minha filha sorridente, tão cheia de vida”, diz, com a voz embargada.
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| Chanandra acompanhada pela mãe (D) |
O acidente com a pequena Chanandra deixa um trauma cujos efeitos só serão vistos em um futuro bem próximo. Mas, logo de cara, são grandes as modificações para quem está apenas começando a viver. A família sabe que a pequenina vai enfrentar sérias limitações, e a mãe já pensa em como vai fazer para que Chanandra Vicari tenha, pelo menos, uma vida perto do que seria o normal. “Eu vejo minha filha, apenas uma criança, sem um membro. Isso é muito triste para mim. Eu peço ajuda. Sei que existem meios para que ela leve uma vida perto do normal, mas nós não temos condições”, enfatiza a mãe. A família, enfim, precisa de ajuda.
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