quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Conversa de General

General Jorge Fraxe, tranqüilo e confiante,
prevê conclusão do trecho até o final do verão


Ninguém merece trafegar por uma rodovia nas condições da BR-163. Mas que remédio? Não há outro meio, pelo menos por via rodoviária, para se manter o contato entre os estados do Pará e Matogrosso; o escoamento de boa parte da produção do Nortão Matogrossense, e as próprias relações comerciais entre os municípios que compõem o eixo negocial nos dois estados.
E, pra completar, o general de divisão Jorge Fraxe, diretor de Obras Sociais do Exército, não convenceu muito ao tentar justificar os atrasos ocorridos nos trechos de responsabilidade da instituição na rodovia. Os 5º, 8º e 9º Batalhões de Engenharia de Construção (BEC), respectivamente de Rondônia, Santarém e Cuiabá, não têm cumprido com os organogramas traçados para o andamento e conclusão das obras em seus respectivos lotes, e a resposta vem direto em cima dos usuários da malha viária.
Fazer o quê?, pergunto eu. Perguntamos nós, aliás.
Muito receptivo à imprensa e comunicativo, o que é uma regra na sua posição sócio-política, o general apontou muita burocracia, também, no processo de análise e liberação das licenças ambientais para exploração de materiais, como piçarra e rochas, a serem utilizados nas obras. Outra justificativa está focada nas condições climáticas adversas da região. "Tem chovido muito nos últimos meses (?). Não chuvas torrenciais, mas com certa frequência", disse o general Fraxe.
Chuvas, naturalmente, são uma identidade particular da Amazônia. Será que a Diretoria de Obras Sociais do Exército, e o próprio Comando do Exército não sabiam disso?
"Mas não vamos ser otimistas ao extremo, nem buscar evasivas para justificar os atrasos. Por outro lado, estamos trabalhando incessantemente para aproveitarmos o verão e concluirmos o trecho de Miritituba a Campo Verde até o final da estação", disse, veemente, o general. Ele também informou que um problema técnico na máquina de produzir asfalto contribuiu para os atrasos. "Mas o próprio fabricante fez um 'recall' por sua conta na usina. Está tudo pronto, e hoje mesmo (quarta-feira, 11), já produzimos vinte toneladas de asfalto", complementou.
Bem, repito... e repito... e repito... Fazer o quê? Vamos torcer, e fazer um esforço pra dar um crédito ao Exército, mesmo que ele não tenha merecido muito nos últimos anos, né isso?

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