terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ser Apaeano, ser humano, ser humilde e solidário

Cartaz padrão do período festivo da Apae

Estive acompanhando a cerimônia de abertura da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, organizada pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e realizada simultaneamente por todas as milhares de Apaes do Brasil. Devo dizer que fiquei impressionado. Durante os depoimentos de alguns pais de alunos, você chega a se perguntar de onde essas pessoas conseguem tirar tanta força e resistência, para suportar momentos profundos de angústia, sofrimento e renúncia. Mas a resposta está bem perto: conseguimos notar, no semblante desses pais, mães, irmãos e amigos que se dedicam aos portadores de deficiência, uma expressão de vitória, de conquista; um sabor inigualável de ser grandioso, ser vencedor. E essa impressão que essas pessoas deixam nos fazem acreditar, veementemente, que há nelas uma força tão grande, que chega a suplantar o potencial físico, mas esta em acordo com o espiritual do ser humano.
Vi pais em prantos ao deporem sobre os avanços alcançados por seus filhos. Vi pessoas que sequer conheciam a Apae em profunda emoção, ao elogiarem efusivamente o trabalho da instituição. O pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, Alfredo Mendes, disse que, daquele momento em diante, passa a ser um 'amigo da Apae'. O mesmo foi dito pelo padre Charles de Oliveira, pároco de Nossa Senhora do Bom Remédio. "Isso é lindo", disse.
Também vi crianças cumprimentando educadamente a todos que chegavam. Os alunos da Apae estão cada vez mais inteligentes. Isso é resultado de um trabalho árduo, porém enobrecido pelo seu cunho social e humanitário. Assim podemos descrever a dedicação da senhora Rita Maria Lima, esposa de Francisco Trentino. Ele, um dos maiores colaboradores, um dos guerreiros na vinda da Apae para Itaituba. Ela, presidente da entidade, uma personalidade fortíssima, uma pessoa que dispensa comentários pela sua expressão de fé, esperança e profunda dedicação à sua causa.
Vi, por fim, crianças alegremente dançando carimbó, em uma coreografia criada por uma das educadoras da Apae, mas que encontrou nos alunos o casamento perfeito. E foi assim que passei a valorizar, ainda mais, essa valorosa entidade, essa iniciativa que tudo tem a ver com humanitário, e que merece todo nosso respeito e admiração.

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