segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Miritituba em clima de revolta

Passageiros foram os mais penalizados.
Mas o protesto foi avaliado como por uma causa justa

Um compromisso assumido pela empresa Rede Celpa por ocasião da chegada da energia de Tucuruí a Itaituba rendeu um verdadeiro imbróglio dez anos depois. A companhia elétrica instalou a rede elétrica em Mirituba até o porto da Balsa, beneficiando os comerciantes e moradores do perímetro. Só que, àquela época, o compromisso era que, tão logo fosse definido o início das obras de asfaltamento da BR-230 (Transamazônica), a Rede Celpa estaria responsável pela transposição da rede elétrica, do lado esquerdo para o lado direito da rodovia. Compromisso assumido, documentos assinados, mas... nada cumprido!

Hoje, estivemos em Miritituba, o Dioney Alves e eu. Fomos cobrir uma manifestação que já era pedra cantada desde a semana passada, quando o comando do destacamento do 9º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) estabeleceu como condição para complementar o asfaltamento até a 'beira do rio' a transposição dos 12 postes. Os moradores foram, há coisa de dez dias, até o escritório da Celpa, onde foram recebidos pelo gerente local, senhor Roberto Gilliard, que, por sua vez, pediu prazo até a sexta-feira passada (27) para fazer a tal transferência. O prazo foi concedido, mas nada aconteceu.

A manifestação instalou, no leito da rodovia um autêntico cenário de guerra. Pneus queimados, madeira amontoada impedindo a passagem deos veículos, que ficaram estacionados. Ônibus, caminhões, carros pequenos, caminhonetes, enfim... Ninguém passava de carro. E os passageiros foram forçados a carregar suas malas nas costas, para apanharem os carros no outro lado da barreira formada pelo fogo.

Valmir Climaco, prefeito de Itaituba, esteve lá. Até que a intermediação foi válida, já que, com a presença do Roberto Gilliard, o comandante do destacamento do BEC reafirmou a exigência pela transferência dos postes. Uma conversa de aproximados 20 minutos decidiu que o trabalho deve acontecer nesta terça-feira, quando um caminhão munck, do Exército, vai auxiliar na retirada dos malfadados postes. Quem sabe, assim a manifestação acaba. Mas o pessoal não recua, por enquanto. Todos permanecem com o protesto, pelo menos até que se decida pela desimpedimento para que o asfaltamento possa ser complementado.

Nenhum comentário: