terça-feira, 30 de abril de 2013

Tragédia em sequência: Jovem de 30 e criança de 12 anos vítimas fatais na ‘Rua da Morte’


Sem chanes: Luis Alberto morreu no local
Duas pessoas morreram em um espaço de menos de vinte e quatro horas na 1ª Rua do bairro Jardim Aeroporto, que já está sendo chamada de rua da morte. >>> O primeiro acidente teve como vítima fatal o jovem Luis Alberto Pimenta de Brito, de 30 anos, que pilotava esta moto Yamaha Xtz Lander. Segundo relatos de testemunhas, o jovem retornava do Ifpa em alta velocidade, quando este carro, que estava sendo conduzido por uma senhora, moradora desta casa, converteu bruscamente para a esquerda. Sem ter como evitar a batida, o motoqueiro colidiu com a porta do veículo. Com a violência do choque, o piloto da moto foi projetado por cima do carro e morreu no local. Policiais militares, uma equipe do Samu e scorristas do Corpo de Bombeiros foram acionados e chegaram ao local minutos depois do acidente, mas nada pôde ser feito para salvar o rapaz. Moradores da área dizem que na 1ª Rua do bairro Jardim Aeroporto, a via principal de acesso ao Ifpa, a alta velocidade se tornou comum. A via já é chamada de “Rua da Morte”, e os protestos são freqüentes.
Os moradores procuraram a Famocita (Federação das Associações Comunitárias) e solicitaram providências. O presidente da entidade, Cleuton Silva, elaborou um documento que foi encaminhado à Comtri e ao Detran, em cujo teor a Famocita cobra sinalização imediata da via. "Do contrário, será muito difícil conter a revolta popular. As pessoas podem querer tomar providências por conta própria", alerta Cleuton Silva.
Sangue no asfalto dá idéia da dimensão do choque
A imprudência, a negligência e a imperícia montam a fórmula da tragédia, e são as principais causas dos acidentes que tiram vidas praticamente todos os dias em Itaituba. Luis Alberto foi vítima do segundo acidente que aconteceu na mesma primeira rua, com distância de pouco mais de trinta metros um do outro. Já no dia seguinte, outra tragédia, desta vez com uma inocente criança de apenas 12 anos de idade. Ariele Rdorigues Vieira vinha de bicicleta com outra criança de 13 anos, quando as duas entraram na primeira rua. O caminhão de uma distribuidora de cerveja apanhou as duas crianças em cheio. Ariele foi a que recebeu o maior choque. A criança foi socorrida pelo próprio padrasto, que tentou levar a filha até o hospital. Em seguida, uma viatura do Corpo de Bombeiros fez a condução, mas a criança morreu ao dar entrada no Hospital Municipal. Assustado, o motorista do caminhão fugiu do local, mas foi localizado minutos depois por homens da Polícia Militar.
Entre um acidente e o outro, foram menos de vinte e quatro horas. De um local para o outro, menos de cinco metros. Quem mora na primeira rua convive com o medo da tragédia, que vem motorizada e em alta velocidade.

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