quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Presos são transferidos por mau comportamento


Policiais Militares armados garantem segurança durante embarque de detentos
A Superintendência do Sistema Penal do Estado (Susipe/Pa) autorizou a transferência de sete presos de Justiça que estavam sendo mantidos no Centro de Recuperação de Itaituba (CRI), a maioria sob acusação de envolvimento com o narcotráfico, tentativa de homicídio, homicídio qualificado, latrocínio, assalto e roubo. A principal motivação da transferência foi o mau comportamento do grupo. Segundo informou o diretor do CRI, Márcio Ferreira de Sousa, os presos em questão estavam acostumados a se envolverem em revoltas, tentativas de rebelião ou motins, sem motivo aparente. Eles também eram contumazes na aquisição de telefones celulares e na confecção de objetos cortantes e de perfuração, também conhecidos como estoques. “Inclusive, sem que eles (os presos) tivessem conhecimento da transferência, nós solicitamos à Polícia Militar que fizesse uma rápida revista nas celas e foram encontrados objetos não permitidos na área de celas da casa penal”, disse o diretor. Um forte aparato de segurança foi montado para conduzir os presos até o aeroporto de Itaituba, onde eles embarcaram em um avião Caravan, do governo do Estado, em direção à capital, Belém.

Segundo o capitão Pedro, da Polícia Militar de Itaituba, que coordenou a revista, durante a revista foram encontrados três celulares e vários objetos cortantes confeccionados com pedaços de ferro e restos de garfos e colheres. “Nós entendemos que esse tipo de objeto nas celas representa riscos, não só para os demais presos, mas também para os próprios que confeccionam. Em relação aos celulares, é uma determinação superior que quebremos esse elo entre os presos e seus ex-comparsas de fora dos presídios”, diz o oficial da PM.

A transferência dos presos foi acompanhada por um capitão e um major, ambos diretores de casas penais da capital e Região Metropolitana (RMB). Segundo um deles, a transferência é uma forma de quebrar também a convivência imoral e perigosa dos presos com pessoas que os auxiliam de fora do cárcere. Eles sempre encontram algum jeito de enviar objetos de permanência proibida nas casas penais, o que aumenta os riscos. Os presos foram transferidos na manhã desta terça-feira (08).

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