segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Chuvas castigam Transgarimpeira e provocam prejuízos


Rodovia Transgarimpeira durante inverno
Uma equipe de reportagem do programa Focalizando (TV Tapajoara – SBT) foi ao distrito de Creporizão acompanhar uma ação social realizada por uma força tarefa coordenada pelo ICMBio. Na reportagem, que foi exibida no programa desta segunda-feira (07), você acompanha as condições de alguns trechos críticos da rodovia estadual Transgarimpeira, onde as viagens que, normalmente, durariam de seis a dez horas, podem durar até quinze horas de sofrimento.

A equipe de reportagem sai do porto de Miritituba por volta das sete e meia da manhã, já preparada para eventuais dificuldades provocadas pelas chuvas na rodovia BR-163, que está com as obras de pavimentação em ritmo lento. Mas a viagem até que transcorre sem maiores problemas, e aproveitamos para visitar algumas comunidades que sofrem um problema em comum. Durante a estação de chuvas, elas ficam praticamente isoladas; assam por sérios problemas de abastecimento dos produtos básicos. Nessas pequenas comunidades, o número de moradores já chegou a ultrapassar os milhares, e muitos ainda permanecem. Outros, abandonaram suas atividades e tomaram outros rumos, em busca de melhoria de vida...

Para chegar às comunidades da zona garimpeira, onde se concentra a maioria dos trabalhadores da exploração de ouro, é preciso enfrentar uma série de adversidades. A primeira delas é o próprio clima, quente, úmido, desgastante. A outra vem por conta das chuvas, que já começam a cair. Ao fim do dia, a equipe de servidores do Instituto Chico Mendes e outras instituições, que se deslocam para uma ação social no distrito de Creporizão, depara com o primeiro atoleiro. Este até que não oferece tanto risco, apesar das dificuldades para atravessar. Ainda está claro, e não demora muito para que os experientes motoristas encontrem meios de superar o obstáculo. O caminhão do Exército, preparado para enfrentar qualquer terreno, passa com dificuldade.
Atoleiros são parceiros frequentes nas viagens pela Transgarimpeira
À noite, os atoleiros são bem maiores. Já estamos com mais de dez horas de viagem, e as condições da rodovia estadual Transgarimpeira, que está recebendo obras de recuperação em parceria do Estado com a Prefeitura de Itaituba, não ajudam. Pelas imagens, registradas pelo cinegrafista Dioney Alves, se tem uma idéia do que temos pela frente.
Passageiros e motoristas se integram para retirar os carros, presos nos atoleiros
O comboio é formado de caminhonetes, caminhões e ônibus, que foram se acumulando à medida em que surgem os atoleiros. Todos precisam ajudar. Até uma equipe de policiais dá uma força para retirar a caminhonete da lama. O motorista do micro-ônibus que transporta o grupo que vai para a ação social diz que esta situação já é comum na rodovia, e nem adianta esperar coisa melhor. Pelo menos por enquanto, esta estrada vai ter sempre um ou outro ponto crítico para atrasar as viagens, apesar dos trabalhos de recuperação.

O atoleiro segura as equipes por mais de duas horas, até que finalmente é vencido e a viagem prossegue, agora mais tranqüila, pelo menos até o retorno.

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