terça-feira, 6 de julho de 2010

Acidente deixa rastro de destruição e morte

Angústia: Jovem em busca de notícias no PSM de Itaituba

O acidente que deixou 17 feridos e 7 mortos, ocorrido na empresa Itaituba Cimentos do Pará (Itacimpasa), em Itaituba, foi o maior do gênero já registrado no município em todos os tempos. “Nunca houve tragédia maior, pelo menos não desta natureza”, afirma o engenheiro civil e secretário de Infra-Estrutura, Mário Miranda. Os operários, ligados à empresa M.P.B. Engenharia e Comércio, trabalhavam na construção de uma estrutura a cerca de 25 metros, quando a estrutura se partiu ao meio e desabou, provocando uma tragédia sem precedentes. Seis operários morreram na hora. A sétima vítima faleceu em Santarém, depois de ter sido transferida de Itaituba.


No município, não existe um banco de dados acerca de acidentes do gênero, mas, de acordo com os registros do Corpo de Bombeiros, entre maio de 2009 e este início de julho de 2010, 11 pessoas morreram vítimas de acidente de trabalho.

Em maio de 2009, um trabalhador morreu na 33ª Rua, no bairro Jardim Vale do Tapajós, ao despencar do telhado de uma casa em construção, quando ele finalizava a colocação das telhas. Uma outra vítima morreu no mês seguinte, quando sofreu um acidente semelhante, desta vez no bairro Jardim das Araras. Já em setembro, um trabalhador foi atingido por uma viga de madeira e sofreu traumatismo crânio-encefálico e morreu minutos depois de dar entrada no setor de emergência do Hospital Municipal. Em maio deste ano, um outro trabalhador foi eletrocutado quando fazia o reparo na fachada de uma agência bancária no centro da cidade.

Quanto ao acidente na Itacimpasa, até o momento, não houve nenhuma declaração oficial por parte de nenhuma das empresas, apesar de elas terem se comprometido em divulgar uma nota oficial informando sobre as prováveis causas do acidente.

Na manhã desta terça-feira, o delegado Alexandro Napoleão Santana montou uma equipe de policiais e foi até o local do acidente, onde foi feito um levantamento prévio, com imagens que deverão ser anexadas ao procedimento, que será instaurado em seguida. Durante a visita, o próprio delegado ficou impressionado com a imagem de destruição no local do acidente. Mas ele enfatizou que as duas empresas, tanto a Itacimpasa quanto a M.P.B. Engenharia e Comércio, que empregavam os operários vitimados no acidente, estão colaborando com o trabalho da polícia, que ainda vai depender do laudo, que será expedido por técnicos do Centro de Perícias Científicas do Instituto Renato Chaves (CPC/RC) e do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros da capital. A equipe chegou a Itaituba na tarde desta terça-feira, e se deslocou para a Itacimpasa para iniciar o trabalho.

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