Defesa civil alerta para o risco de enchentes nesta temporada de chuvas. O nível das águas do rio tapajós está bem acima do registrado no mesmo período do ano passado.
Janeiro de 2011 e o nível das águas do rio Tapajós está relativamente normal, em comparação com 2010, mas a enchente não deu folga para a Defesa Civil Municipal, que registrou mais de 600 famílias desalojadas. Foi necessário criar uma estratégia emergencial de auxílio às famílias, que tiveram muitos prejuízos. “A cidade não estava preparada para o desastre natural, que já era previsto, mas não com tamanha intensidade. Para 2012, a situação pode ser bem pior”, segundo adianta Pedro Dias, coordenador da Defesa Civil.
Na frente da cidade, se tem a visão mais adequada para medir a olho nu o ritmo de crescimento do nível das águas do Tapajós. A régua é o mecanismo técnico, que serve como base para o levantamento diário, que é feito pela Defesa Civil. É onde se tem uma idéia de como as águas estão bem acima do que era previsto. Segundo Pedro Dias, o nível do rio Tapajós considerado crítico é de 8,3 metros de profundidade próximo ao extremo do terminal Hidroviário. Na manhã de terça-feira (31), a régua apontada 8,1 metros de profundidade, bem acima do que foi registrado no mesmo período do ano passado.
Entre o momento em que estivemos no terminal Hidroviário e a conversa com o coordenador da Defesa Civil, não se passaram duas horas, e o rio, de repente, subiu mais dez centímetros. Com a ameaça de a cidade entrar em estado de emergência, Pedro Dias lembra que o governo do Estado, por várias vezes, foi convocado a contribuir para auxiliar famílias afetadas pela enchente, mas a ajuda, normalmente, só vem depois que o problema já existe.
“Infelizmente, é assim que acontece. Mas nós já estamos fazendo alerta à população, principalmente quem mora nos pontos críticos. Se as famílias nesta condição puderem já ir adiantando a transferência de móveis para outros locais, façam isso. Também alertamos para o risco de uma chuva mais intensa e a presença de equipamentos elétricos ligados dentro de casa. Precisamos trabalhar em conjunto para evitar maiores conseqüências”, finaliza Pedro Dias.
Mostrando postagens com marcador plebiscito tapajós. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador plebiscito tapajós. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Plebiscito - Senador quer que todo Pará opine
Uma proposta de emenda à Constituição que tramita em caráter terminativo no Senado Federal poderá assegurar a realização em todo o Pará do plebiscito para definir a criação dos Estados do Carajás e do Tapajós. Atualmente, a Constituição Federal caracteriza o alvo dessa consulta apenas como “população diretamente interessada”, designação considerada imprecisa e que daria margem a interpretações divergentes.
Flexa Ribeiro defende a PEC como medida democrática
Para garantir que o pleito seja realizado em todo o Estado, e não apenas nas regiões que querem a divisão, o senador paraense Fernando Flexa Ribeiro (PSDB) propôs uma emenda à Constituição Federal (PEC) que define a população que deve ser abrangida em caso de realização de plebiscito para divisão territorial. Ontem (18), a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o texto da PEC por unanimidade. A proposta segue agora para análise do plenário da casa. Se não receber emendas, será enviada na próxima semana para análise da Câmara dos Deputados.
A intenção da medida - segundo ressaltou o relator, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), em voto favorável à proposta - é eliminar qualquer dúvida sobre os brasileiros que deveriam necessariamente ser ouvidos em um plebiscito do gênero.
Demóstenes lembrou que a proposta tramitava em conjunto com outra PEC, a de número 47/07, de autoria do senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), que propunha a redefinição da abrangência desse tipo de consulta popular. No entanto, o relator decidiu recomendar a rejeição desta segunda proposta por discordar da sugestão de se realizar um plebiscito nacional sobre a criação, incorporação, subdivisão ou desmembramento de qualquer Estado.
Para Flexa Ribeiro, a medida é uma forma de garantir que o plebiscito que será realizado sobre a possibilidade de criação dos Estados do Carajás e Tapajós dê oportunidade a toda a população do Estado de opinar. “O plebiscito é democrático e sempre fui favorável. No entanto, é preciso deixar tudo muito claro quanto a este processo. E a PEC elimina a dúvida e faz valer de fato que o processo seja democrático e todos diretamente interessados possam dar seu parecer”, destacou Flexa.
No dia 6 de maio, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou a realização dos plebiscitos para decidir sobre a criação dos Estados de Tapajós e Carajás. As duas propostas foram colocadas em pauta durante a realização de uma sessão deliberativa, que não precisa contar com os votos individuais dos deputados. Apenas representantes das lideranças dos partidos que compõem a Casa votaram definindo os votos de todas as bancadas.
Os deputados paraenses Giovanni Queiroz (PDT), Lira Maia (DEM) e Zequinha Marinho (PSC) encaminharam os votos em nome dos partidos que representam. O texto do Projeto de Decreto Legislativo 731/2000 que trata do plebiscito do Tapajós, de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), já está tramitando no Senado, que deverá ratificar a decisão da Câmara, já que houve mudança no texto original. A proposta sobre o Carajás já vai direto para promulgação da presidente Dilma Rousseff.
Nas duas propostas aprovadas foi inserido um item que estabelece o prazo de seis meses após a aprovação dos projetos para a realização dos plebiscitos, que devem ser realizados em um único dia.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverá realizar o plebiscito. O custo de todo o processo deverá ultrapassar R$ 8,5 milhões. O deputado Giovanni Queiroz (PA) informou que foram aprovadas emendas ao Orçamento da União que permitem a realização do plebiscito.
Assinar:
Postagens (Atom)