Acabamos de chegar de Santarém. Pra começar, meu Deus, que calor! Nunca vi Santarém tão quente!
Circulamos por diversos locais da cidade; foi em Alter do Chão que curtimos a segunda noite do Festival Borarí, uma festa muito bonita. Gente de vários lugares acorreram á bucólica vila balneária, um paraisinho pra lá de lindo, com uma gente maravilhosa, gastronomia de primeiríssima e uma história de encantar e prender a atenção por horas.
Foi no Festival Borari que encontramos um montão de pesosas lindas; criativas por natureza, que levaram para a quadra parte do seu talento em danças regionais incrivelmente coreografadas. Idosos, jovens, crianças se embalaram ao som do carimbo, dança típica e originalmente paraense, um verdadeiro espetáculo sob a noite alterosa.
Conhecemos ‘Dona’ Neca Borari, uma simpatia que dispensa comentários. Ela esteve coordenando a organização e a realização do Festival Borari, e, do alto de sua capacidade, ainda teve tempo de coordenar uma das danças que se apresentaram.
No Festival Borarí, brincam os nativos e outros moradores da vila de Alter do Chão. Mas também chegam pessoas de outros lugares: de Santarém, de cidades vizinhas e até de outros estados. O importante é que a festa se constitui em uma grande confraternização, em que o resgate da cultura local e regional acontece, de fato. É só deste modo que se consegue manter viva uma tradição que já se confunde com a própria história de Santarém, do Tapajós e de sua gente. E quem vem para Alter do Chão nesta época, sempre se diverte.
Mas isso tudo não estaria completo, se o Pará não estivesse presente também na gastronomia. É onde entram o tacacá, o vatapá, o pato-no-tucupi e outros pratos, que apimentam a noite, e fazem dessa festa um referencial da cultura regional, bem brasileira, bem paraense.
Encontramos o Doutor Sérgio Sant´Anna, uma figura de particular e singular inteligência, que tem em Alter do Chão sua musa inspiradora. Sérgio contou-nos que deixar Alter do Chão para ele está absolutamente fora de cogitação. “Certo dia, o Rui, ex-prefeito de Santarém, me perguntou: “Sérgio, por quê que você fica aqui? Por quê não vai embora?’. Eu respondi: “me dê um motivo’. Não tenho motivo para ir, mas tenho milhares de motivos para ficar”, confessa.
E foi nesse espaço natural, presenteado a Santarém pela mãe de todas as vidas, que passamos parte do nosso final de semana. Dioney Alves e eu praticamente não tivemos trabalho em produzir duas reportagens, uma sobre o Festival do Sairé, outra sobre o Festival Borarí. Trabalho? Quê que é isso? Muitíssimo pelo contrário! Passear pela orla de Alter, ver a enseada, onde brincam os botos em meio às catraias e seus remadores na labuta diária; ver o lago Verde. Trabalho? De modo algum; o útil e o agradável num mesmo espaço.
Incrível como coisas tão simples encantam tão grandemente. Como sempre estive, permaneço apaixonado por aquele pedaço da Amazônia, tão Brasil e tão nossa Alter do Chão.
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terça-feira, 13 de julho de 2010
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Expedição Sairé 2010 – Pacotes à venda
O rio Tapajós, por si só, já é um grande atrativo, emoldurado pela floresta, companheira permanente de quem viaja por essas bandas. A vila dispensa comentários. Mas é sempre bom comentar, ressaltar que este pequeno lugarejo, com mais de 340 anos, tem sua importância impressa na própria história da região.
Foi em Alter do Chão, que, nos primeiros anos da década de 1660, os índios Tupaiú receberam os navegadores portugueses, em uma navegação que transformou o modo de vida dos nativos e trouxe grandes novidades para este pedaço da Amazônia. Foi para recepcionar os visitantes que os nativos fizeram uma festa, que ficou dividida entre o religioso e o profano, tendo no arco da Santíssima Trindade o seu maior símbolo. O Sairé recepcionou os navegadores portugueses e ainda recepciona os visitantes de outras bandas.
Um adicional a essa alegria toda é a disputa entre os botos Tucuxi e Cor-de-Rosa, uma verdadeira saga amazônica, baseada na lenda do peixe-homem, que sai das águas para seduzir as caboclas ribeirinhas. Um misto de mito e imaginário faz do Lago dos Botos o centro das atenções durante a apresentação das agremiações. Pitoresco, colorido, belo e extremamente nosso. É no Sairé que isso tudo acontece.
Alter do Chão se faz festa e essa festa já faz parte dos mais divertidos e ricos, cultural e historicamente falando. O município de Itaituba, claro, já está inserido nesse contexto, através de uma investida da TV Tapajoara (SBT), que já entra na quinta edição da Expedição Sairé. E, para fazer parte dessa verdadeira resenha cultural, é muito fácil. A empresa Soleitur Turismo é parceira, e tem a dica.
Adriana Ferreira, agente de viagens da Soleitur, alerta aos interessados que os pacotes já estão à venda e a melhor alternativa é antecipar. “O pagamento pode ser parcelado em até quatro vezes. Importante lembrar que, até 09 de Setembro, deve estar quitado, já que o embarque é no dia 10”, diz.
A Expedição é uma verdadeira aventura pelo rio Tapajós, de Itaituba até a paradisíaca vila balneária de Alter do Chão. Durante a viagem, que vai contar com a parceria do Navio Karolina do Norte, vai haver música ao vivo, cerveja gelada e algumas dicas de como se divertir com segurança. Para garantir presença, espaço nesta sessão de lazer e diversão, o melhor mesmo é antecipar a compra dos pacotes para toda a família.
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