quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Voto... mesmo com muita dificuldade

Bárbara precisou levar o pequenino até o local de votação
Domingo, 31 de Outubro, data do segundo turno das eleições, 03 horas da tarde. Com o sol castigando a cidade, Jacilma Melo chega ao seu local de votação. A jovem de 31 anos teve poliomielite, doença já erradicada no Brasil, também conhecida como paralisia infantil. Pelo menos aqui, no prédio de uma faculdade, o acesso é mais facilitado. Rampas de acesso e corredores largos abrem caminho para a urna, onde Jacilma deposita seu voto, um direito de que ela não abre mão, mesmo com as limitações impostas pela sua condição física.

Escola Presidente Castelo Branco, praticamente no mesmo horário, o aposentado José Ribamar vai auxiliado pela filha. Com mais de sessenta anos, seu Zequinha, que foi vítima de um AVC, acidente vascular cerebral, também não abre mão do direito ao voto, mas lamenta que precise enfrentar tanta dificuldade para contribuir com o processo eleitoral.

Nas mesmas condições, mas com histórias diferentes, estão Euzir Ferreira Alexandre e Bárbara Ferreira. Ele foi vítima de um erro de ambulatório e teve uma das pernas atrofiada depois de uma injeção mal aplicada. Ela é mãe e, sem ter quem cuide do bebê, precisa trazer o pequenino quando vem votar. São dois lances de escadas para chegar até a seção.

Mas, se serve como consolo, a falta de acessibilidade não é uma exclusividade de Itaituba; é praticamente um problema nacional. São poucos os locais adaptados para receber a presença de pessoas com dificuldades de locomoção. Por outro lado, para esses brasileiros, dificuldades à parte, o direito ao voto é essencial, apesar da falta de bom senso de quem planejou os locais e talvez não tenha dado atenção a esse pequeno detalhe.

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