
O corpo da raça arde
Fora da tua nação...
Distante de tua casa
Sem pecado, sem perdão
Sente no corpo desnudo
Dormente a dor que lhe aquece
Joelho que ao chão desce
Sangue gotejando o chão
Açoitada pela vida
A raça de corpo escuro
No escuro da tinta sobre
O papel saiu da lida
Vendo seu caminho aberto
Vendo sua chama acesa
Vendo seus pulsos libertos
Pelas mãos de uma princesa
Mas já tava acostumado
A ser indigno achado
Já não vê vida tão dura
Já não são tão doloridas
As dores que invadem o corpo
Da raça de cor escura
Fora da tua nação...
Distante de tua casa
Sem pecado, sem perdão
Sente no corpo desnudo
Dormente a dor que lhe aquece
Joelho que ao chão desce
Sangue gotejando o chão
Açoitada pela vida
A raça de corpo escuro
No escuro da tinta sobre
O papel saiu da lida
Vendo seu caminho aberto
Vendo sua chama acesa
Vendo seus pulsos libertos
Pelas mãos de uma princesa
Mas já tava acostumado
A ser indigno achado
Já não vê vida tão dura
Já não são tão doloridas
As dores que invadem o corpo
Da raça de cor escura
Muitos escravos libertos não queriam a liberdade. Eles se acostumaram; nasceram escravos. E, mesmo que tivessem seus filhos e netos nascendo livres, viram na nova vida um vazio imenso. E foi assim que se criou uma nova classe, a classe dos ex-escravos que não queriam ser livres!