Produto com
prazo de validade vencido pode “jogar areia” no contrato de empresa que fornece
alimentação escolar na cidade de Trairão. A denuncia foi feita na Câmara de Vereadores.
Hora do recreio
na maior escola pública da cidade de Trairão. A alimentação da escola tem, no
cardápio de hoje, sopa de legumes com carne moída. A criançada degusta o
alimento com entusiasmo; dá pra ver que a sopa está saborosa. É esta a imagem
que os gestores da educação querem manter entre os alunos da rede pública;
alimentação saudável e nutritiva, com cardápio balanceado e diversificado em
todos os dias de aula. Segundo o coordenador administrativo da Secretaria de
Educação do município, a qualidade do alimento é assegurada com a presença de
uma nutricionista, que é responsável por estabelecer o cardápio para o período, escolhendo
alimentos cujo valor nutritivo está em conformidade com a idade dos alunos.
A alimentação é
fornecida para as escolas por uma empresa contratada pela Prefeitura através de
um processo de licitação. Segundo o contrato, a empresa também é responsável
por transportar o alimento até as escolas obedecendo a uma escala periódica
para a entrega. Mas, nos últimos meses, surgiram algumas dúvidas em relação à
qualidade do serviço prestado por essa empresa. Este vereador diz que a dúvida
veio de uma verificação feita nos alimentos, quando foi encontrada uma mortadela
que estaria com o prazo de validade vencido. É importante lembrar que a
mortadela não é um item aconselhável para compor o cardápio da alimentação
escolar.
A denúncia foi
protocolada na Câmara de Vereadores, que procurou providências junto à
Secretaria de Educação solicitando o cardápio que é oferecido nas escolas, mas
ainda não recebeu. Para o vereador, a responsabilidade é da empresa responsável
por fornecer os produtos. O caso será encaminhado ao Ministério Público, e, dependendo
do resultado, a empresa poderá ser penalizada, inclusive com a suspensão do
contrato.
A Câmara de
Vereadores de Trairão descobriu, ainda, que a mesma empresa já foi flagrada em
um trabalho de investigação da Controladoria Geral da União, transportando
alimentos de forma inadequada e chegou a ter um contrato suspenso por dois anos
na cidade de Itaituba, por fornecer alimentos de má qualidade para um hospital
público.
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