segunda-feira, 20 de junho de 2011

Greve do TSE pode atrasar plebiscito do Tapajós e Carajás

Não que queiramos questionar as razões pelas quais acontece a greve, mas não parece muito suspeito que, justamente quando se tem data prevista para a realização do tão sonhado plebiscito, aconteça o movimento grevista? Convenhamos que a greve já dura 29 dias, mas convenhamos também que o governo parece não ter interesse em atender às reivindicações, sequer de discutir com a categoria.


O texto da matéria, na íntegra, a seguir:
De acordo com informações postadas no site do Sindjus-DF, a greve da categoria irá causar alterações no calendário previsto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização do plebiscito sobre a divisão do estado do Pará. Caso isso realmente ocorra, será a primeira vez que uma consulta à população é adiada pelo tribunal por causa de uma paralisação de seus funcionários.

Segundo a Secretária de Gestão de Pessoas do TSE, Ana Cláudia Braga Mendonça, o TSE está fazendo todo o possível para que o calendário do plebiscito seja cumprido, tanto que já foi criado um Grupo de Trabalho pela Administração, visando começar os procedimentos de planejamento para o plebiscito.

A previsão é que sejam criados os estados do Tapajós e Carajás, mas é necessário ouvir os moradores das áreas. Para isso, o TSE quer cumprir o prazo dado pelo Congresso Nacional para a realização do plebiscito até o dia 11 de dezembro, mas a data poderá ser alterada. A Câmara dos Deputados aprovou, há um mês, decretos legislativos que deram prazo de até seis meses para a realização da consulta aos mais de três milhões de eleitores paraenses.

O problema é que existem prazos para serem cumpridos, inclusive com a realização de contratos e licitações, e boa parte dos servidores das áreas envolvidas aderiu à greve para a aprovação do Plano de Cargos e Salários da categoria, que hoje completa o seu 29º dia de greve.

Servidores do TSE que foram entrevistados pelo Sindjus afirmaram que dificilmente será possível gerar todos os códigos-fonte para as urnas, como uma garantia de que não haverá fraude. Esse procedimento deve ser feito pelo menos dois meses antes de ser enviado ao TRE do Pará, que precisará ainda preparar as urnas para a consulta. Outra área que poderá ser afetada é a administrativa, uma vez que os servidores que realizam os contratos e licitações também aderiram à greve (Fonte: Sindjus-DF).

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