sábado, 31 de julho de 2010

Técnicas para uma boa reportagem

Entendo que, com pleno interesse em repassar uma informação completa, o jornalista, particularmente o repórter, precisa tomar por base seis pontos de esclarecimento: considero estes como os mais importantes:
- O quê?
- Quando?
- Onde?
- Quem?
- Como?
- Por quê?
A entender:
1) O fato (O quê)
2) Horário do fato (Quando)
3) O local (Onde)
4) Os envolvidos (Quem)
5) As circunstâncias (Como)
6) As causas (Por quê)
Exemplo:
A cabeça/chamada
Locutor/apresentador: POLÍCIA PRENDE SUSPEITOS DE ASSALTO A UMA AGÊNCIA DO BANCO DO ESTADO...
= A CAPTURA DOS ACUSADOS ACONTECEU DEPOIS DE QUINZE DIAS DE INVESTIGAÇÕES DO SERVIÇO RESERVADO DA PM...
A reportagem:
Texto: O ASSALTO (O FATO) ACONTECEU POR VOLTA DE 1 E MEIA DA TARDE, JÁ NO FINAL DO EXPEDIENTE DE SEXTA-FEIRA (HORÁRIO DO FATO), NESTA AGÊNCIA DO BANCO DO ESTADO (O LOCAL)QUANDO OS OPERADORES DOS CAIXAS DA AGÊNCIA ESTAVAM RECOLHENDO O DINHEIRO...
= OS ASSALTANTES (OS ENVOLVIDOS) ADENTRARAM A AGÊNCIA ARMADOS DE SUB-METRALHADORAS E PISTOLAS (AS CIRCUNSTÂNCIAS). ELES RENDERAM OS CLIENTES E FUNCIONÁRIOS DO BANCO, ALÉM DE DOIS VIGILANTES.
= DE ACORDO COM AS IMAGENS DAS CÂMERAS EXTERNAS DE VIGILÂNCIA DA AGÊNCIA, NÃO HAVIA NENHUM POLICIAL NOS ARREDORES NO MOMENTO DO ASSALTO // QUE, SEGUNDO INFORMAÇÕES DA POLÍCIA, FOI PLANEJADO A PARTIR DA INFORMAÇÃO REPASSADA POR UM FUNCIONÁRIOS DO SETOR DE COBRANÇA (AS CAUSAS)
Detalhe: Alguns itens podem se repetir.
= DEPOIS DO ASSALTO, UMA LIGAÇÃO ANÔNIMA PARA A SECCIONAL DO BAIRRO DO LIMOEIRO, ONDE ESTÁ LOCALIZADA A AGÊNCIA BANCÁRIA, DEU UMA PISTA DA LOCALIZAÇÃO DOS ASSALTANTES, QUE ESTAVAM ESCONDIDOS NESTA CASA (LOCAL), ONDE MORA UM DOS MEMBROS DA QUADRILHA (OS ENVOLVIDOS), QUE É FORMADA POR TRÊS IRMÃOS, ALÉM DE QUATRO COLEGAS DA FACULDADE DE ENGENHARIA DA CAPITAL...
Nota-pé
O nota-pé se constitui numa informação final, algo como “A POLÍCIA AINDA INVESTIGA A PARTICIPAÇÃO DE MAIS PESSOAS NO BANDO // QUE É SUSPEITO TAMBÉM DE OUTROS ASSALTOS NA MESMA REGIÃO”...
Com esses detalhes, a reportagem está completa de informações. É importante lembrar, também, que, a partir da nota-pé, em que há a informação de que a polícia vai dar continuidade às investigações, fica a expectativa em torno da prisão de novos envolvidos, o que impõe a necessidade de que o mesmo jornalista que fez a primeira reportagem acompanhe o desenvolvimento das investigações. As regras se aplicam a todo tipo de reportagem, seja de qualquer assunto.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Vicinal do Cacau - Exemplo de produção

A produção em alta. É assim que se define, em poucas palavras, a realidade da Vicinal do Cacau, uma pequena porção da zona rural de Itaituba, composta por seis comunidades, habitadas por famílias trabalhadoras, pessoas que querem resgatar a dignidade através de projetos baseados em culturas potencialmente rentáveis e que estão conseguindo mudar o perfil esdrúxulo imposto por uma onda de violência que, por vários meses, provocou um sentimento de aversão por parte dos demais habitantes de Itaituba. A conhecida ‘Vicinal do Brabo’ mudou de nome por imposição da sua própria produção. São extensas áreas de cultivo de cacau, associado a outras culturas, que estão consolidando a área como uma das maiores contribuições para a economia local.

Conhecer a Vicinal do Cacau é estar em contato com famílias humildes, mas bem integradas ao trabalho. São famílias como a do próprio Brabo, um dos precursores da ocupação da área. Ele nos recebeu embaixo do jambeiro que ornamenta a frente da residência. Ao lado, a oficina, onde ele faz os pequenos reparos que mantêm a caminhonete em condições de dar o apoio que sempre moldou sua própria sua identidade. “Aqui, nós vivemos em harmonia. Todos são unidos e uns ajudam os outros. Eu mesmo já atravessei essa vicinal embaixo de chuva, pra levar pessoas doentes, mulheres grávidas e amigos que precisam de ajuda. A gente vive pro trabalho. É assim que nós nos mantemos, um apoiando o outro, e todo mundo crescendo por seu próprio esforço”, diz o trabalhador, que não permite, em hipótese nenhuma, ser fotografado ou filmado.

É também na Vicinal do Cacau que conhecemos João Costa e dona Maria da Conceição Sousa. Ele é plantador de cacau, piscicultor e comerciante. Ela é granjeira; conseguiu um financiamento do Banco da Amazônia e montou sua pequena granja de galinhas caipiras. “Aqui, nós vendemos os frangos abatidos, prontos pro consumo. Nós estamos caminhando para a certificação”, comemora a dona-de-casa. João Costa, o marido, é otimista por natureza. Ele é entusiasta da produção na Vicinal do Cacau. A plantação de cinco mil pés garante renda para a família desde que começou a produzir, um ano e meio depois do início do plantio. “Nós vendemos em Uruará. Eles mandam para Medicilândia”, diz. “O bom do cacau também é que, quanto mais você planta, mais tem mercado. Assim, a tendência é que o plantio aqui cresça cada vez mais”, diz o produtor.

Os subprodutos do cacau são outro adicional à economia na Vicinal. Bombons de chocolate, licores, doces, compotas, geléias e até o mel do cacau associado a outras plantas, atuando com propriedades medicinais. Entre as produtoras, estão Maria Senhora e Maria Gomes, também conhecida como ‘Maria do Doce’. Durante o Festival, esta produção esteve à mostra, chamando a atenção de quem participou da festa. Foi a segunda versão da maior vitrine da produção na Vicinal do Cacau, onde, além da lavoura cacaueira, estão outros projetos de produção, como a piscicultura, o extrativismo e outras plantações, como a mandioca, feijão, milho e amendoim. Na visão de quem conhece esse potencial, a Vicinal do Cacau é um exemplo de abnegação, trabalho e vontade de crescer produzindo.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Aracú e Piau - Em nome da cultura regional

Riqueza em detalhes: Flagrante de
um dos rituais apresentados durante a evolução dos peixes


Patenteado pela ONG Amazônia Viva, a disputa dos peixes Aracú e Piau, no Festival de Barreiras, está ameaçado de desaparecer do mapa cultural ribeirinho de Itaituba. Não é nenhuma especulação, é realidade pura. Depois de anunciar sua saída da organização do Festival, os diretores da Organização Não Governamental fizeram questão de alertar aos pretensos organizadores do evento sobre uma conseqüente e imediata reação caso as denominações “Aracú” e “Piau” fossem usadas.

Com a saída da ONG do circuito, os próprios comunitários de Barreiras decidiram tomar para si a responsabilidade, e entraram de cabeça na organização do Festival para este ano. A Prefeitura de Itaituba, depois de uma reunião entre o prefeito Valmir Climaco e os comunitários, também entra com apoio. A estrutura de palco e arquibancada deverá ser edificada em tempo recorde para que a programação aconteça no período definido, sem que haja contratempos.

Numa rápida conversa com um professor, integrante da equipe de organização, tomamos conhecimento de que, a despeito de qualquer interesse protocolar da ONG, a disputa entre os peixes vai acontecer, até porque se trata de uma identidade cultural que já está diretamente vinculada à vila de Barreiras.

O aracú, o piau, assim como demais espécies da fauna aquática regional, são coisa nossa. Isso não pode mudar. Lamentamos que situações desgastantes e constrangedoras como esta aconteçam assim, tão naturalmente. No meu ponto de vista, não há nada que impeça a participação direta da ONG Amazônia Viva, seja capitaneando, seja coordenando o evento. O que queremos mesmo é que aconteça o Festival, com Aracú e Piau no ‘Peixódromo’, fazendo a alegria de suas torcidas.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Festival Borari, festa dos povos da floresta

Adultos, jovens e crianças dão um verdadeiro show de criatividade

Acabamos de chegar de Santarém. Pra começar, meu Deus, que calor! Nunca vi Santarém tão quente!
Circulamos por diversos locais da cidade; foi em Alter do Chão que curtimos a segunda noite do Festival Borarí, uma festa muito bonita. Gente de vários lugares acorreram á bucólica vila balneária, um paraisinho pra lá de lindo, com uma gente maravilhosa, gastronomia de primeiríssima e uma história de encantar e prender a atenção por horas.
Foi no Festival Borari que encontramos um montão de pesosas lindas; criativas por natureza, que levaram para a quadra parte do seu talento em danças regionais incrivelmente coreografadas. Idosos, jovens, crianças se embalaram ao som do carimbo, dança típica e originalmente paraense, um verdadeiro espetáculo sob a noite alterosa.
Conhecemos ‘Dona’ Neca Borari, uma simpatia que dispensa comentários. Ela esteve coordenando a organização e a realização do Festival Borari, e, do alto de sua capacidade, ainda teve tempo de coordenar uma das danças que se apresentaram.
No Festival Borarí, brincam os nativos e outros moradores da vila de Alter do Chão. Mas também chegam pessoas de outros lugares: de Santarém, de cidades vizinhas e até de outros estados. O importante é que a festa se constitui em uma grande confraternização, em que o resgate da cultura local e regional acontece, de fato. É só deste modo que se consegue manter viva uma tradição que já se confunde com a própria história de Santarém, do Tapajós e de sua gente. E quem vem para Alter do Chão nesta época, sempre se diverte.
Mas isso tudo não estaria completo, se o Pará não estivesse presente também na gastronomia. É onde entram o tacacá, o vatapá, o pato-no-tucupi e outros pratos, que apimentam a noite, e fazem dessa festa um referencial da cultura regional, bem brasileira, bem paraense.
Encontramos o Doutor Sérgio Sant´Anna, uma figura de particular e singular inteligência, que tem em Alter do Chão sua musa inspiradora. Sérgio contou-nos que deixar Alter do Chão para ele está absolutamente fora de cogitação. “Certo dia, o Rui, ex-prefeito de Santarém, me perguntou: “Sérgio, por quê que você fica aqui? Por quê não vai embora?’. Eu respondi: “me dê um motivo’. Não tenho motivo para ir, mas tenho milhares de motivos para ficar”, confessa.
E foi nesse espaço natural, presenteado a Santarém pela mãe de todas as vidas, que passamos parte do nosso final de semana. Dioney Alves e eu praticamente não tivemos trabalho em produzir duas reportagens, uma sobre o Festival do Sairé, outra sobre o Festival Borarí. Trabalho? Quê que é isso? Muitíssimo pelo contrário! Passear pela orla de Alter, ver a enseada, onde brincam os botos em meio às catraias e seus remadores na labuta diária; ver o lago Verde. Trabalho? De modo algum; o útil e o agradável num mesmo espaço.
Incrível como coisas tão simples encantam tão grandemente. Como sempre estive, permaneço apaixonado por aquele pedaço da Amazônia, tão Brasil e tão nossa Alter do Chão.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Os desmandos da Comtri

Do comentário semanal do jornalista Weliton Lima, da TV Tapajoara Itaituba (SBT)

A situação do transito nas ruas de Itaituba é a imagem e semelhança do que está acontecendo dentro dos órgãos que comandam o setor no município. Na Coordenadoria Municipal (Comtri), o seu coordenador, José de Arimatéia, o 'Aguiarzinho', está afastado do cargo por decisão judicial. Aguiarzinho está sendo investigado pelo Ministério Publico por suspeita de corrupção, improbidade administrativa e extorsão, ou seja, o Coordenador da Comtri, em conluio com alguns donos de guinchos, estava usando a Coordenadoria de Transito para enriquecer às custas dos proprietários de veículos que eram apanhados em blitz, muitas delas feitas de forma irregular, segundo o próprio MP.

E no Detran, a situação não é diferente. O diretor Regional de Transito também foi afastado do cargo sob suspeita de irregularidades. O problema é que o Detran está fechado há mais de uma semana e os usuários do órgão não sabem a quem se dirigir para obter um serviço como o primeiro emplacamento ou a expedição da carteira de habilitação tudo isso está totalmente parado e não se sabe quando esses e outros serviços serão restabelecidos, pois até as portas dos gabinetes do Dentran estão trancadas num verdadeiro desrespeito a população que paga e paga caro para sustentar um órgão que está sem comando. No caso da Cmtri o coordenador afastado que agora tem quinze dias para apresentar sua defesa, mas a sua situação é tão complicado que ele corre o risco de ter que interromper a sua atual atividade de cabo eleitoral do presidente e acabar na cadeia. A população agradeceria muito se isso acontece pois serviria de exemplo para outros maus servidores públicos.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Justiça expede mandado de prisão contra suspeitos de pedofilia

Sem saída: Francisco foi surpreendido enquanto tomava conta do clube


O caso gerou polêmica e revolta em Itaituba. Um cabo da Polícia Militar suspeito de envolvimento em estupro contra duas menores foi o estopim de uma situação que culminou com um mandado de prisão temporária contra cinco suspeitos. Dentre eles, o próprio cabo. O primeiro a ser preso foi Francisco da Silva Ferreira, 28, o caseiro do Grêmio de Itaituba da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros, de onde o cabo é presidente. O caseiro foi apanhado de surpresa. Algemado, o homem garantiu que não sabia sequer do que estava sendo acusado, mas suspeita que esteja sendo indiciado por envolvimento no caso do estupro contra as duas menores.


Alegando inocência, Francisco chegou a dizer que não se preocupa em ser preso, mas, quando sair da prisão, pretende processar seus acusadores. O homem, que foi conduzido pela Polícia Civil, depois de receber ordem de prisão temporária expedida pela Justiça, chegou a ser defendido pela mulher dele, a doméstica Celma Rodrigues, que reagiu indignada. “Os culpados estão soltos. Não estou vendo ninguém atrás deles. Nós estamos em casa, tranqüilos, sem ofender ninguém. O Francisco é trabalhador. Não entendo por quê essa perseguição”, disse.


Foi o próprio delegado Alexandro Napoleão Sant´Anna quem deu cumprimento ao mandado de prisão temporária, assinado pelo juiz Gleucival Zeed Estevão, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Itaituba, Oeste do Estado. Junto com Francisco, estão com as prisões decretadas outros homens identificados como Lucas Inácio de Sousa Dutra, Fábio Amaro da Silva Soares e um terceiro de prenome Valdo, além do cabo Adenilson Andrade da Conceição, que estava sendo mantido no quartel do 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Itaituba, e que recebeu voz de prisão do seu próprio comandante de batalhão.


O delegado também adiantou que a prisão temporária é por um período de trinta dias, prorrogáveis por mais trinta, para que as investigações tenham andamento. É neste período que as investigações deverão definir se será necessário ou não o pedido de prisão preventiva para os acusados. “”Nós já temos pistas dos suspeitos que estão foragidos, e é questão de tempo para que possamos apanhá-los. O mandado pode ser prorrogado por mais trinta dias, até que tenhamos concluído o inquérito”, adiantou o delegado, reforçando que a polícia tem todos os indícios que incriminam os suspeitos.


O caso – As menores K. e M. estavam desaparecidas de suas residências desde o dia 26 de junho (sábado), e foram encontradas somente na terça-feira (29), quando relataram que foram tomar banho no igarapé do Bom Jardim, zona periférica de Itaituba, no bairro do mesmo nome, quando foram abordadas pelos homens. O grupo teria levado as menores para uma casa às proximidades, onde teria acontecido o estupro contra as duas.


Já na manhã de quinta-feira (1º de julho), novas declarações aqueceram o caso. Uma das meninas disse a um canal de televisão que elas foram levadas a um motel próximo ao Clube dos Cabos e Soldados, onde teriam sido forçadas a manterem relações sexuais com três homens. Os outros dois suspeitos teriam se envolvido apenas na abordagem e no caso anterior de estupro contra as duas menores, que estão sendo atendidas pelo Conselho Tutelar de Itaituba.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Velhos personagens, mesma novela, novas manobras

Extraído do Diário do Pará, através do site www.amazonia.org.br.

Veja bem, a maioria esmagadora (literalmente) já é conhecidíssima do eleitorado. Cuidado onde e para quem coloca seu voto.



O Pará terá 704 candidatos nas eleições de outubro. Desse total, cinco disputam o governo, dez concorrem a duas vagas ao Senado, 138 tentam 18 cadeiras na Câmara Federal, enquanto 544 disputam 41 vagas à Assembleia Legislativa. Esses números ainda podem mudar, ampliando o leque em pelo menos mais 80 candidatos, segundo previsão do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador João Maroja.


Ele também acredita que alguns candidatos provavelmente terão contra si pedidos de impugnação. “É impossível saber quantos serão impugnados”, observa. Maroja disse que à medida em que pedidos de impugnação forem protocolados eles serão analisados pelo Tribunal. O prazo final para o julgamento de eventuais pedidos de impugnação vai até o dia 5 de agosto.


Quem ainda não inscreveu sua candidatura tem prazo de 48 horas para fazê-lo. A lista com os nomes dos candidatos que protocolaram seus registros no Tribunal deverá ser publicada nesta quinta-feira. O prazo final para os atrasados termina no sábado.


Esse deve ser o caso do candidato ao governo Luiz Carlos Tremonte, do Partido Social Liberal (PSL). Com seu nome aprovado na convenção do partido, Tremonte estaria encontrando dificuldades para apresentar toda a documentação exigida pelo Tribunal. O mesmo problema envolve dezenas de candidatos cujos nomes também foram homologados nas convenções partidárias.


Maroja explicou que todas as candidaturas ainda terão de passar pela análise para saber se estão de acordo com a legislação eleitoral e a lei do Ficha Limpa. Mas adianta que se houver candidatos que já foram condenados por um colegiado de juízes eles terão problemas, “podendo ficar de fora da eleição”. O desembargador reconhece que a possibilidade de recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) deve “provocar muita polêmica”.


Não foi fácil tirar todos os nove tipos de documentos que a Justiça Eleitoral exige para aprovar uma candidatura. Isso provocou atraso na entrega da papelada ao Tribunal, sobrecarregando os servidores que ficaram até as 4 da madrugada de ontem separando e conferindo papéis.


No protocolo, os 21 servidores se revezavam como podiam para dar conta de tanto trabalho. Eles foram cumprimentados pelo presidente do TRE, que exaltou a dedicação de cada um.


CANDIDATOS AO GOVERNO

PMDB - Domingos Juvenil Nunes de Souza

COLIGAÇÃO JUNTOS COM O POVO - Simão Robson Oliveira Jatene

COLIGAÇÃO FRENTE POPULAR ACELERA PARÁ - Ana Júlia Carepa

PSTU - José Cleber Barros Rabelo

PSL - Luiz Carlos Tremonte (A candidatura foi anunciada em convenção, mas ainda não foi registrada no TRE) .

PSOL - Fernando Antônio Martins Carneiro

PARA O SENADO

ACELERA PARÁ

Candidato: Paulo Rocha

Partidos : ( PT, PTB, PR, PP, PSC, PHS, PTN, PT do B e PTC, por PDT, PSB, PC do B, PRB e PV).

Três partidos dessa coligação lançaram candidatos ao Senado em separado. São eles:

O PTB lançou a candidatura de Fernando Yamada

PSB lançou Rosineide Souza

PV lançou Anilvado Lima , conhecido como Savanas

JUNTOS COM O POVO

Candidato: Fernando Flexa Ribeiro

Partidos: PPS, PMN, PRP, PSDC e PRTB .

PMDB

Candidato: Jader Barbalho

PSOL

Candidatos ao Senado: Marinor Brito e João Augusto Oliveira.

PSTU

Candidatos ao Senado: Abel Ribeiro e Paulo Braga

PSL

Luiz Carlos Tremonte (a candidatura ao governo foi anunciada em convenção, mas ainda não registrada no TRE)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Acidente deixa rastro de destruição e morte

Angústia: Jovem em busca de notícias no PSM de Itaituba

O acidente que deixou 17 feridos e 7 mortos, ocorrido na empresa Itaituba Cimentos do Pará (Itacimpasa), em Itaituba, foi o maior do gênero já registrado no município em todos os tempos. “Nunca houve tragédia maior, pelo menos não desta natureza”, afirma o engenheiro civil e secretário de Infra-Estrutura, Mário Miranda. Os operários, ligados à empresa M.P.B. Engenharia e Comércio, trabalhavam na construção de uma estrutura a cerca de 25 metros, quando a estrutura se partiu ao meio e desabou, provocando uma tragédia sem precedentes. Seis operários morreram na hora. A sétima vítima faleceu em Santarém, depois de ter sido transferida de Itaituba.


No município, não existe um banco de dados acerca de acidentes do gênero, mas, de acordo com os registros do Corpo de Bombeiros, entre maio de 2009 e este início de julho de 2010, 11 pessoas morreram vítimas de acidente de trabalho.

Em maio de 2009, um trabalhador morreu na 33ª Rua, no bairro Jardim Vale do Tapajós, ao despencar do telhado de uma casa em construção, quando ele finalizava a colocação das telhas. Uma outra vítima morreu no mês seguinte, quando sofreu um acidente semelhante, desta vez no bairro Jardim das Araras. Já em setembro, um trabalhador foi atingido por uma viga de madeira e sofreu traumatismo crânio-encefálico e morreu minutos depois de dar entrada no setor de emergência do Hospital Municipal. Em maio deste ano, um outro trabalhador foi eletrocutado quando fazia o reparo na fachada de uma agência bancária no centro da cidade.

Quanto ao acidente na Itacimpasa, até o momento, não houve nenhuma declaração oficial por parte de nenhuma das empresas, apesar de elas terem se comprometido em divulgar uma nota oficial informando sobre as prováveis causas do acidente.

Na manhã desta terça-feira, o delegado Alexandro Napoleão Santana montou uma equipe de policiais e foi até o local do acidente, onde foi feito um levantamento prévio, com imagens que deverão ser anexadas ao procedimento, que será instaurado em seguida. Durante a visita, o próprio delegado ficou impressionado com a imagem de destruição no local do acidente. Mas ele enfatizou que as duas empresas, tanto a Itacimpasa quanto a M.P.B. Engenharia e Comércio, que empregavam os operários vitimados no acidente, estão colaborando com o trabalho da polícia, que ainda vai depender do laudo, que será expedido por técnicos do Centro de Perícias Científicas do Instituto Renato Chaves (CPC/RC) e do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros da capital. A equipe chegou a Itaituba na tarde desta terça-feira, e se deslocou para a Itacimpasa para iniciar o trabalho.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Parabéns, Minha Rainha...


Te quero sempre assim. Te quero simpática, linda, meiga, carinhosa, familiar, mãe, amiga, parceira, mulher, colaboradora, conselheira, minha...! Te quero de todos os modos, em todos os instantes, por todos os anos que Deus nos permitir juntos. E que só o fim de nossas vidas seja o fim dos nossos dias juntos... E, mesmo assim, se há vida após a morte, deve haver também amor após a vida... E continuarei te amando!

Felicidades, Minha Rainha...

E que Deus te abençoe, nos abençoe, a cada momento, por toda a vida...

Apologia ao crime

Comentar assuntos delicados não é muito meu forte. Não gosto de confrontos de opiniões, divergências ou incompatibilidades. Mas não podemos nos esquivar da preocupação em torno de um problema que cresce todos os dias, e tem provocado um gradativo esfacelamento da estrutura de várias famílias.

A Pedofilia


Um crime comum? Não, longe disso! É público, é notório que muitas famílias com histórico, recente ou antigo, de situações relativas à corrupção de menores, também devem ser responsabilizadas. Não é aceitável que se imponha a culpa tão somente aos ditos ‘criminosos’, que se aproveitam da ‘inocência’ de meninas de 11, 12, 14, 16 anos para se locupletar sexualmente, satisfazer seus desejos insanos, pura e simplesmente para dar vazão ao que pode ser considerado uma doença: o desejo por crianças.


Mas, no entanto, não se pode deixar que esses meliantes disfarçados de bons cidadãos permaneçam na impunidade. Que se imponham, sim, os rigores da lei, com todos os seus artigos, parágrafos, agravantes etc...


Mas, questiona-se o papel da família nesse contexto. Onde estão os pais e mães, que, irresponsavelmente, ‘liberam’ seus filhos e filhas às ‘facilidades’ do mundo? Onde estão os valores famíliares? Se perderam num recôndito qualquer, embrenhados na desculpa do atarefamento extrapolado pelos afazeres do dia-a-dia?


Inaceitável, eu diria! Hoje, pais e mães, boa parte das vítimas diretas da malfadada Pedofilia, se ‘escoram’ nos conselhos tutelares, e procuram encobrir suas culpas. Isso, eu diria, é uma apologia disfarçada ao crime.


São culpados, sim. São responsáveis, sim, e, se tiverem o bom senso de dar um passo atrás e concatenar a situação, analisando friamente, vão perceber que são culpados, sim. Talvez os maiores culpados...


Há de se trabalhar a base da famílias, não só no próprio ambiente familiar. Mas também nas escolas, especialmente as do ensino básico, que estão trabalhando a formação do cidadão, desde pequeno. Então, teremos um mundo mais justo, dinamizado pelo conhecimento e valorizado pelo cultivo da moral e dos bons costumes.

sábado, 3 de julho de 2010

Uma Simples Homenagem...

A postagem em tela é como uma homenagem pelo gosto musical da minha querida mãe. Nossa querida Mãe Lô, que já foi morar com Deus...

Tanto dissemos, tanto conversamos, tanto discutimos, em busca do bom senso, da compreensão e da paz. Tanto fizemos... e tanto deixamos de fazer!


Saudades, Mamãe...!

Sabemos que a senhora adorava esse poema...


Poema da Criança Morta

(Sebastião da Silva – Moacir Laurentino)

Dos poemas que escrevi

Por meio da inspiração

Este é o mais comovente

Porque tem a narração

De um dos casos mais tristes

Que já se viu no Sertão.


Trata-se de uma menina

De uma beleza extrema

De 4 anos de idade

Com quem se deu o problema

E tornou-se a central figura

Das emoções do poema.


Edinete era seu nome

Que lembramos com pesares

Filha de Rita Alzira

E Expedito Soares

Casal pobre mais bem quisto

Com todos os familiares.


No município Riacho

Dos Cavalos terra amena

No sertão paraibano

Aonde os pais da pequena

Moram e ainda hoje

Lamentam a triste cena.


27 de novembro

Do ano setenta e seis

Pelas três horas da tarde

Ou pouco antes talvez

Os pais de Edinete a viram

Viva pela última vez.


Pôs-se a criança brincando

No pátio da moradia

Se entretendo com árvores

Ou com animais que via

E aos poucos entrou no mato

Sem saber pra onde ia.


Quando a mamãe sentiu falta

Da sua filha querida

Chamou-a diversas vezes

Já bastante comovida

Aí notou que a criança.

Já se achava perdida


Alarmou pra vizinhança

E começou a chegar gente

Pra procurar a criança

Todos apressadamente

Anoiteceu e ninguém

Encontrou a inocente


E assim passaram 3 dias

Procurando sem parar

De oitenta a cem pessoas

Podia-se calcular

Todos à sua procura

Mas ninguém pode encontrar.


Na manhã do dia trinta

Já todos sem esperança

No lugar Serra dos Bois

Num talhado que se avança

Neste local esquisito

Acharam morta a criança.


Morreu de fome e de sede

Em situação singela

Mais ou menos seis quilômetros

Do local pra casa dela

As folhas foram seu leito

E a lua serviu de vela.


Quando espalhou-se a notícia

Que a menina faleceu

Foi muita gente ao local

Aonde a morte a venceu

Vão fazer uma igrejinha

No canto que ela morreu.


Todos os seus irmãos lamentam

Os pais lamentam também

Chorou toda a vizinhança

Porque lhe queria bem

E Deus aumentou a conta

Dos muitos anjos que tem.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Expedição Sairé 2010 – Pacotes à venda

Já estão à venda os pacotes para a Expedição Alter do Chão 2010, que vai levar turistas itaitubenses para acompanhar o festival do Sairé na vila balneária de Santarém.

O rio Tapajós, por si só, já é um grande atrativo, emoldurado pela floresta, companheira permanente de quem viaja por essas bandas. A vila dispensa comentários. Mas é sempre bom comentar, ressaltar que este pequeno lugarejo, com mais de 340 anos, tem sua importância impressa na própria história da região.

Foi em Alter do Chão, que, nos primeiros anos da década de 1660, os índios Tupaiú receberam os navegadores portugueses, em uma navegação que transformou o modo de vida dos nativos e trouxe grandes novidades para este pedaço da Amazônia. Foi para recepcionar os visitantes que os nativos fizeram uma festa, que ficou dividida entre o religioso e o profano, tendo no arco da Santíssima Trindade o seu maior símbolo. O Sairé recepcionou os navegadores portugueses e ainda recepciona os visitantes de outras bandas.

Um adicional a essa alegria toda é a disputa entre os botos Tucuxi e Cor-de-Rosa, uma verdadeira saga amazônica, baseada na lenda do peixe-homem, que sai das águas para seduzir as caboclas ribeirinhas. Um misto de mito e imaginário faz do Lago dos Botos o centro das atenções durante a apresentação das agremiações. Pitoresco, colorido, belo e extremamente nosso. É no Sairé que isso tudo acontece.

Alter do Chão se faz festa e essa festa já faz parte dos mais divertidos e ricos, cultural e historicamente falando. O município de Itaituba, claro, já está inserido nesse contexto, através de uma investida da TV Tapajoara (SBT), que já entra na quinta edição da Expedição Sairé. E, para fazer parte dessa verdadeira resenha cultural, é muito fácil. A empresa Soleitur Turismo é parceira, e tem a dica.

Adriana Ferreira, agente de viagens da Soleitur, alerta aos interessados que os pacotes já estão à venda e a melhor alternativa é antecipar. “O pagamento pode ser parcelado em até quatro vezes. Importante lembrar que, até 09 de Setembro, deve estar quitado, já que o embarque é no dia 10”, diz.

A Expedição é uma verdadeira aventura pelo rio Tapajós, de Itaituba até a paradisíaca vila balneária de Alter do Chão. Durante a viagem, que vai contar com a parceria do Navio Karolina do Norte, vai haver música ao vivo, cerveja gelada e algumas dicas de como se divertir com segurança. Para garantir presença, espaço nesta sessão de lazer e diversão, o melhor mesmo é antecipar a compra dos pacotes para toda a família.